A porta-voz do PAN considerou esta terça-feira que a oposição interna é “uma minoria” que está “de forma ruidosa a por em causa” o partido, adiantando que falará sobre o congresso “a seu tempo”, depois de ouvidos os filiados.
“Aquilo que tem havido é uma minoria que tem estado de facto de forma ruidosa a pôr em causa este projeto comum que é o PAN, e internamente as pessoas não se identificam com isso que tem acontecido na comunicação social, muito pelo contrário”, afirmou Inês Sousa Real.
Em declarações à Lusa na sequência de uma visita ao Parque Natural de Sintra-Cascais, no distrito de Lisboa, a líder do PAN defendeu que os filiados “entendem que este processo de auscultação é um processo muito importante, que deve ser dado espaço para a direção fazer o seu trabalho”.
Reiterando que “a direção nunca afastou a possibilidade de um congresso”, Sousa Real acrescentou: “a seu tempo evidentemente pronunciar-nos-emos em relação a isso”.
Contudo, a porta-voz escusou-se de dar mais pormenores sobre qual a decisão que será tomada, apontando que “será precoce fazer uma análise até porque há muitas opiniões em relação a isso” uma vez que ainda só foi ouvida “uma curta” parte dos filiados.
“Aquilo que há claramente é forte vontade de auscultação e de união interna para que possamos contribuir para que o PAN tenha a força que sempre teve na Assembleia da República”, referiu.
No fim desse processo, será apresentado “um relatório relativamente à posição interna do partido” quanto à realização do congresso.
Questionada sobre quando deverá terminar a auscultação dos filiados, Sousa Real não se quis comprometer com uma data, ressalvando que esse processo "implica ouvir o país inteiro e também as regiões autónomas”.