Nos últimos dias, Mário Machado admitiu que vários membros da extrema-direita portuguesa têm manifestado a intenção de “preparar a invasão e destruição das sedes” do PCP na sequência da posição assumida pelo partido em relação ao conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia.
Foi através de textos, publicados na rede social Telegram, que o neonazi alertou os seus "camaradas", atento à vigilância das autoridades. Contudo, atira "a responsabilidade moral de qualquer ataque para as ações de Putin" e o "total apoio do PCP à Invasão da Europa”.
No texto com o nome “Destruir o Partido Comunista Português” publicado na rede social onde é seguido por mais de duas mil pessoas, Mário Machado admite que compreende “esse ódio ao comunismo”. Apesar disso, aconselha os grupos e elementos da extrema-direita portuguesa a “manter a calma devido à vigilância apertada das forças de informação e segurança nacionais”.
“Os Serviços de Informação de Segurança, o Núcleo de Recolha de Informações da GNR e PSP e a UNCT-PJ (Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária) estão em monitorização constante dos nossos movimentos e o nosso destino iria ser certamente a prisão”, lê-se no texto, onde este lamenta passar por “desmancha-prazeres” e sublinha que mantém a posição “de continuar a luta contra o PCP e seus aliados”, mas “dentro da legalidade”.
O antigo dirigente de movimentos de extrema-direita – como a Frente Nacional e a Nova Ordem Social – no final do texto defende ainda a “morte ao comunismo”.