Ventura “estupefacto” por tribunal ter decidido levá-lo a julgamento

O líder do Chega afirmou respeitar a decisão do Tribunal de Braga, apesar de se ter mostrado surpreso com a mesma.

O líder do Chega mostrou-se "estupefacto" com a decisão do Tribunal de Braga, que decidiu levá-lo a julgamento devido a um jantar-comício durante o estado de emergência.

Em declarações aos jornalistas esta quinta-feira nos Passos Perdidos, na Assembleia da República, André Ventura reagiu ao anúncio do Tribunal de Braga, que decidiu levá-lo a julgamento no caso de um jantar-comício na campanha para as eleições presidenciais, realizado naquele concelho em 17 de janeiro de 2021, durante o estado de emergência decretado por causa da pandemia de covid-19.

Ventura manifestou “uma certa surpresa por esta decisão”, uma vez que o Ministério Público “pediu que não houvesse julgamento, por ter havido uma alteração da lei, e por parecer clara a aplicação da lei penal e a sucessão das leis penais do tempo”.

“É uma situação um pouco invulgar, com alguma estupefação, mas são as regras e as regras do jogo são estas: a última palavra numa fase destas de instrução é do juiz de instrução, não é do Ministério Público e por isso é o que vai acontecer”, frisou.

O líder do Chega afirmou respeitar a decisão do Tribunal de Braga e comprometeu-se a manter a “linha de defesa” que tem tido até agora, apesar de se entrar “numa outra fase processual”.

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