Marcelo Rebelo de Sousa convoca Conselho de Estado para discutir unicamente situação na Ucrânia

Note-se que, na quinta-feira, o chefe de Estado admitiu aos jornalistas que ponderava convocar o seu órgão político de consulta “em tempo oportuno”, no caso de uma eventual “tomada de posição adicional” de Portugal em relação à ofensiva russa militar na Ucrânia.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou, esta segunda-feira, uma reunião do Conselho de Estado para 14 de março, às 15h00, no Palácio da Cidadela, em Cascais, "com um único ponto da ordem de trabalhos: a situação na Ucrânia". A informação foi avançada através do site oficial da Presidência da República. 

Note-se que, na quinta-feira, o chefe de Estado admitiu aos jornalistas que ponderava convocar o seu órgão político de consulta "em tempo oportuno", no caso de uma eventual "tomada de posição adicional" de Portugal em relação à ofensiva russa militar na Ucrânia.

"Eu pondero, em tempo oportuno, uma convocação do Conselho de Estado. Mas em tempo oportuno, num momento em que faça sentido, na sequência do Conselho de Estado, haver qualquer tomada de posição adicional, complementar, relativamente àquilo que tem sido feito e dito pelo senhor primeiro-ministro, pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, pelo senhor ministro da Defesa Nacional, e também pontualmente pelo Presidente da República", disse aos jornalistas no final de uma visita a um pavilhão da Polícia Municipal de Lisboa, que está preparado para receber temporariamente refugiados ucranianos. 

"A opinião pública, dentro desta ideia de abraçar a causa, quer mais, imediatamente. Há que pensar naquelas pessoas de carne e osso que estão nesse panorama de guerra, naquilo que se vai vivendo, e como isso exige uma prudência, uma sensatez, uma contenção da parte dos responsáveis", considerou Marcelo. 

Recorde-se que o Conselho de Estado esteve reunido pleo última vez em 03 de novembro do ano passado, com duas reuniões seguidas: primeiro com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e depois para se pronunciar sobre a dissolução do parlamento, na sequência do chumbo do Orçamento.