Ucrânia. ONU fala em 636 mortos e mais de 1.100 feridos

A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis “são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo” ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa, “especialmente nos últimos dias”.

Já morreram pelo menos 636 civis e 1.125 ficaram feridos desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro, até à noite deste domingo, anunciou esta segunda-feira a ONU. 

Segundo o relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), estes números, que correspondem a 18 dias de guerra, incluem a morte de 46 crianças, tendo 62 ficado feridas.

A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa, "especialmente nos últimos dias".

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", refere o ACNUDH, que adianta ainda que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".

A agência liderada pela chilena Michelle Bachelet refere que isto está a acontecer especialmente nas cidades de Izium, em Kharkiv, de Mariupol e de Volnovakha, em Donetsk, "onde há alegações de centenas de baixas civis" que não estão incluídas nos números divulgados hoje.

Antes de terem sido avançados estes números pela ONU, já o Ministério Público ucraniano tinha referido que já teriam morrido 90 crianças e 100 ficado feridas desde o início dos conflitos, acrescentando que as cidades onde se registam o maior número de vítimas são Kiev, Kharkiv, Donetsk, Chernihiv, Sumy, Kherson, Mykolayiv e Zhytomy.

A guerra na Ucrânia vai atualmente no seu 19º dia e, além dos mortos e dos feridos, já provocou cerca de 4,8 milhões de refugiados, tratando-se da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).