Sem Rio, Montenegro, Pinto Luz, Rangel, Poiares Maduro, Moedas ou Moreira da Silva foi dado o tiro de partida: o PSD escolhe um novo líder no dia 28 de maio. O 40.º Congresso Nacional acontecerá entre 1 e 3 de julho, no Coliseu do Porto, tendo sido alargado o prazo de pagamento de quotas inicialmente previsto, passando de 29 de abril para 10 de maio.
A proposta de calendário da Comissão Política Nacional (CPN) para antecipar as diretas para 28 de maio foi aprovada com apenas cinco abstenções pelo órgão máximo do partido entre Congressos, num Conselho Nacional marcado pela ausência de Rui Rio, que testou positivo à covid-19, bem como de outras importantes figuras na corrida à liderança social-democrata. Ainda assim, o calendário defendido por Rio acabou por ser o eleito. Assim, o 40.º Congresso acontecerá cinco semanas após as eleições diretas do partido, e cerca de cinco meses depois das legislativas que levaram Rio a anunciar a sua saída.
Neste momento, não há nenhum candidato assumido à liderança do PSD, mas o nome de Luís Montenegro tem sido fortemente apontado para o lugar. Isto, no entanto, com alguma polémica pelo meio. É que após o Conselho Nacional de Ovar, Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro – e também ele um assumido possível candidato à liderança social-democrata – lançou farpas a Montenegro.
“Fui dos poucos que continuei a fazer este debate. Anda gente escondida, o PSD se continuar a fazer este jogo vai por mau caminho, os que se vão apontando como líderes quase certos do futuro são um retrocesso grave”, afirmou, disparando de seguida na direção de Montenegro: “Luís Montenegro pertence ao passado do PSD, não pertence ao futuro, não é uma carta inovadora, não é uma carta livre.”