Já estão inscritos nas escolas portuguesas cerca de trezendos estudantes ucranianos, fugidos da guerra no seu país, disse esta quarta-feira o ministro da Educação, adiantando ainda que estão "a chegar mais".
Tiago Brandão Rodrigues explicou numa conferência de imprensa os principais resultados de uma reunião onde esteve com vários ministros da Educação da União Europeia (UE), onde participou também o ministro da Educação ucraniano.
A invasão russa já fez fugir do país cerca de 1,5 milhões de estudantes, estando a maior parte deles nos países vizinhos.
Na reunião com os ministros da UE, realizada por videoconferência, o ministro da Ucrânia falou da importância da condenação por parte dos países membros da UE à invasão russa, assim como da importânica da ajuda aos ucranianos, também no setor da educação.
Segundo Tiago Brandão Rodrigues, apesar de já terem deixado a Ucrânia 1,5 milhões de jovens em idade escolhar, outros seis milhões lá permaneceram, estando por isso a Ucrânia a tentar reativar o sistema de ensino, quer seja presencialmente em zonas de não conflito, ou online, nas regiões sujeitas a ataques.
O ministro português adiantou ainda que a Comissão Europeia irá contituir uma "task force" com reuniões semanais, de modo a definir formas de ajuda ao sistema de ensino ucraniano, assim como formas de apoiar todos aqueles que fogem do país. De acordo com a Comissão, a UE tem mecanismos de financiamento que podem ser usados para estas medidas de apoio.
Tiago Brandão Rodrigues realçou a importância da UE trabalhar numa "só voz" na inclusão dos jovens estudantes ucranianos e recordou que Portugal é dos países da UE que menos estudantes recebeu, também por ser o país mais distante da Ucrânia.
Questionado pelos jornalistas, o ministro da Educação afirmou que as escolas portuguesas estão preparadas para receber alunos refugiados (tendo algumas delas aulas de ucraniano), preparando-os para uma primeira aproximação à língua portuguesa para que depois as crianças sejam capazes de integrar o currículo geral.
Todos os alunos ucranianos beneficam de ação social escolar, com todos os benefícios que esta comporta, informou Tiago Brandão Rodrigues, acrescentando ainda que o setor social e solidário está "a trabalhar" para uma resposta em relação a crianças mais novas, de modo a que estas possam frequentar as creches.
A videoconferência dos ministros da Educação serviu para os vários ministros discutirem uma resposta coordenada da UE à guerra na Ucrânia em matéria de educação.