São algumas das ambições que constam da moção "Tempo de Construir", da qual o candidato à liderança do CDS-PP é o primeiro subscritor.
O candidato à liderança do CDS Nuno Melo quer um partido de “centro-direita moderno” e acredita que os militantes devem pagar quotas para equilibrar as contas daquela força política. Estas são apenas algumas das posições do eurodeputado defendidas na sua moção de estratégia global, intitulada ‘Tempo de Construir’, a que o Nascer do Sol teve acesso.
Nuno Melo é o primeiro subscritor do documento, com mais de 40 páginas, no qual é sublinhado que o “CDS não é um partido qualquer”, é sim “fundacional do regime democrático”, e que “não acabou”. No entanto, o centrista reconhece que os resultados nas eleições legislativas foram “trágicos e os piores da história”. Por outro lado, lembrou que o partido ainda “governa sozinho seis autarquias com expressão no continente, Açores e Madeira, tem representação no Parlamento Europeu e integra os governos de ambas as regiões autónomas”.
O eurodeputado acredita que é necessário “saber ler os sinais, interpretar com coragem o que falhou, alterar e corrigir o que tem de ser mudado” para inverter o “ciclo negativo” e que para isso é importante tornar o CDS um “partido político de centro-direita moderno, formatado para os desafios do século XXI”.
Para Nuno Melo, as próximas eleições para o Parlamento Europeu, em 2024, serão “uma autêntica prova de vida para o partido”. O objetivo é “relançar com força a ambição que em 2026 devolverá o partido à Assembleia da República, nas eleições legislativas”.
Outro ponto importante da sua moção de estratégia é o de fazer face ao desafio de “reconstruir” e reorganizar” um partido numa altura em que “os recursos financeiros foram drasticamente mutilados com a perda de subvenção parlamentar”.
Para isso, Nuno Melo defende que “cada militante do CDS terá de assegurar o pagamento de quotas, como contrapartida para os direitos que essa condição garante, casos de eleger, ser eleito e participar na vida” do partido.
O eurodeputado quer também criar o estatuto de simpatizante do CDS, “sem a possibilidade de exercício daqueles direitos”.
Para “responder aos desafios” da crise provocada pelo conflito na Ucrânia, Nuno Melo defende um “plano de emergência nacional”, com medidas como uma “baixa significativa, extraordinária e temporária” do imposto sobre produtos petrolíferos ou a redução “extraordinária e temporária do IVA” sobre a energia, combustíveis e produtos essenciais.
A moção contou com contributos de Isabel Galriça Neto, Ana Rita Bessa, Pedro Mota Soares, Nuno Magalhães, João Almeida, Diogo Feio, Paulo Núncio, Cecília Meireles, Luís Mira ou Hélder Amaral, entre outros.