O social-democrata Paulo Rangel afastou uma candidatura à liderança do partido nas próximas eleições diretas, mas sublinhou estar disponível para colaborar com o futuro presidente.
Rangel, em entrevista ao programa à Rádio Renascença e ao Público, divulgada esta quinta-feira, lembrou que ainda há quatro meses, no final de novembro, foi a votos.
“Espaço para avançar não tenho dúvidas que existia, mas é um processo muito fresco, foi há quatro meses, sinceramente acho que neste momento não devo ser candidato. Não posso estar a candidatar-me de quatro em quatro meses”, afirmou o eurodeputado.
Questionado sobre se a sua não candidatura se deveria também ao peso de duas derrotas, antes da mais recente contra Rui Rio tinha também perdido contra Passos Coelho em 2010, Rangel afasta esse motivo.
“Penso que toda a gente compreende que são circunstâncias bastante diferentes e agora deve ser outro ou outros a tomarem essa dianteira”, afirmou, sublinhando que “há com certeza nomes muito fortes” para a liderança.
“Para mim o que é fundamental é que o partido, depois desse processo eleitoral, nomeadamente no Congresso, possa ter soluções de unidade. O líder que for eleito, qualquer que ele seja, vai ter uma tarefa muito difícil e merece uma colaboração muito próxima e muito leal”, disse.
Rangel fez ainda questão de sublinhar que está “totalmente disponível” para colaborar com a nova liderança, “isso sem dúvida alguma”.
Por outro lado, o social-democrata não se quis querer comprometer com nenhuma candidatura. “É um exercício de conjetura que não posso obviamente fazer”, justificou.