Militares portugueses vão ser destacados para a Roménia em abril para dissuadir entrada de tropas russas

O primeiro-ministro, António Costa, disse que Portugal vai responder ao pedido da NATO, que espera que o “terror” vivido na Ucrânia “não se estenda a nenhum dos países” da Aliança, garantindo ainda que esta força militar portuguesa não será enviada para território ucraniano. 

Uma força militar portuguesa vai ser destacada para a Roménia, com o objetivo de reforçar a presença da NATO no leste, nomeadamente na missão de dissuasão das tropas russas dos territórios que pertencem à Aliança Atlântica. O primeiro-ministro, António Costa, disse que Portugal vai responder ao pedido da NATO, que espera que o "terror" vivido na Ucrânia "não se estenda a nenhum dos países" da Aliança. 

"Perante a atual agressão, a NATO decidiu reforçar a sua presença no leste e criar novos grupos de combate, designadamente na Roménia. Portugal vai responder 'presente' ao que nos é solicitado, que passa por empenhar os nossos meios, as nossas forças, na capacidade de reforçar a missão de dissuasão" da Aliança, sublinhou António Costa em declarações aos jornalistas, na visita ao Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, para uma demonstração tática da Companhia do Exército. 

Para o líder português, a atitude entre os países da NATO é uma "forma de apoiar a luta que a Ucrânia" tem vindo a travar há 26 dias, aquando as tropas russas invadiram o seu território. Este apoio fornecido pela NATO e União Europeia tem sido demonstrado por Portugal, notou Costa. 

Dado o atual contexto da guerra, o primeiro-ministro indicou que a NATO espera que o "terror" vivido na Ucrânia "não se estenda a nenhum dos países" que pertencem à Aliança. E, para que tal não aconteça, serão enviadas forças militares portuguesas para defender o território da NATO, desde o "flanco sul", onde se insere Portugal, ao "flanco leste", onde se encontra a Roménia.

Neste caso, os militares lusos serão destacados para a Roménia, numa "missão de persuasão contra qualquer risco de ataque" face ao território da NATO, sendo que não serão enviados para a Ucrânia, garantiu António Costa, que ainda deixou uma mensagem ao grupo de militares que irá partir para esta nova missão, dizendo que é "certo que as forças armadas reforçarão o prestígio de Portugal".