Expulsão do G20? Kremlin diz que “não será mortal” para a Rússia

Depois das declarações do Presidente dos Estados Unidos após as cimeiras da NATO e do G7, o Kremlin respondeu à eventual expulsão do G20 e ao uso das armas químicas na Ucrânia. 

Depois de o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmar que a Rússia devia ser expulsa do G20 – grupo que integra as maiores economias do mundo -, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondeu à declaração, admitindo que a eventual saída "não será mortal" para o seu país, apesar de ter salientado a importância da cooperação. 

"Quanto ao formato do G20, é importante. Entretanto, nas atuais circunstâncias, quando a maioria dos membros está em estado de guerra económica connosco, a eventual exclusão de Moscovo não será mortal", apontou Dmitri Peskov na conferência de imprensa diária.

Para Peskov, perante estas "condições de violação de todas e de cada uma das normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do direito internacional, é necessário construir novos vetores de relações em todas as áreas".

Esta quinta-feira ficou marcada pelas cimeiras da NATO e do G7. Ambas contaram com a presença de Joe Biden, que após os encontros, disse que a Rússia deveria ser expulsa do G20 e ainda avisou que o seu governo vai responder caso Moscovo usar armas químicas na guerra contra a Ucrânia. 

O Kremlin não deixou de responder a Biden, ao assinalar que a sua declaração sobre as armas químicas é "uma tentativa de desviar a atenção do escândalo" das informações sobre laboratórios biológicos dos Estados Unidos na Ucrânia.

É de referir também que a Rússia confirmou, na quarta-feira, a vontade de Vladimir Putin em participar na cimeira do G20 na Indonésia, em novembro. Por enquanto, o país anfitrião manteve o convite ao Presidente russo.

Recorde-se que a Rússia foi suspensa indefinidamente do grupo dos oito países mais industrializados do mundo (G8 – que voltou agora a ser G7) em 2014, após a anexação da península ucraniana da Crimeia.

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