por Joana Mourão Carvalho e José Miguel Pires
O Presidente da República recorreu ao Falcon 50 da Força Aérea Portuguesa para viajar entre Lisboa e Porto – tanto na ida, como na volta –, na terça-feira, com o intuito de chegar a tempo ao jogo entre Portugal e a Macedónia do Norte, de qualificação para o Mundial de 2022, e poder também estar presente no final do concerto com o qual Simone de Oliveira assinalou o fim de uma carreira de 65 anos dedicada à música, no Coliseu dos Recreios, apurou o Nascer do SOL.
Estas viagens do Falcon estão registadas – como o Nascer do SOL também apurou – tal como uma nova ida do Presidente Marcelo ao Porto no dia 31 de março, quinta-feira. Consultada a agenda oficial do Presidente, no site da Presidência da República, não constava qualquer atividade no Norte do país nesta quinta-feira (havendo apenas registo de uma iniciativa no Palácio de Belém com o artista plástico Pedro Cabrita Reis).
Fonte de Belém justificou ao Nascer do SOL que no dia do jogo entre Portugal e a Macedónia do Norte, Marcelo iniciou a tarde com uma receção à Presidente da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, em Lisboa, com quem deu um passeio de elétrico pela capital (acompanhado por Carlos Moedas, presidente da Câmara) e ainda teve, a seguir, uma reunião com embaixadores. «Se não fosse de Falcon, não conseguiria chegar a tempo ao Porto», reforçou fonte de Belém.
Tendo ido de Falcon, o Presidente conseguiu igualmente chegar a tempo de marcar presença também no concerto de despedida de Simone no Coliseu de Lisboa, como confirmou a mesma fonte.
O Presidente foi um dos primeiros entrevistados na flash interview após o final do jogo, quando o relógio marcava 21h50. Cerca de uma hora e meia depois, já em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, o chefe de Estado surgia no bar desta sala de espetáculos para cumprimentar Simone de Oliveira – os relógios marcavam, então, perto das 23h30. Significa isto que o Presidente da República demorou apenas cerca de hora e meia a deslocar-se do Estádio do Dragão, no Porto, ao Coliseu dos Recreios, na baixa Lisboeta.
Já relativamente à viagem de quinta-feira, a mesma fonte precisou que o Presidente teve de voltar a recorrer ao Falcon para chegar a tempo de uma reunião com empresários do Norte, mas o regresso a Lisboa, «como já não tinha pressa», foi feito de automóvel.
Em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha recorrido a esta aeronave para se deslocar a Lyon, para assistir à meia-final do Euro 2016, em que Portugal ganhou ao País de Gales e garantiu a presença na final. Viagem essa que, segundo os relatodas da imprensa à época, o chefe de Estado pagou do seu próprio bolso.