João Costa divulgou às escolas plano com indicações para integração de crianças refugiadas

“Hoje mesmo publicámos e divulgámos às escolas novos guiões de trabalho para a integração das crianças refugiadas que estão a chegar, quer na educação pré-escolar quer a partir do 1.º ciclo, com sugestões práticas de como fazer. Orientações que são sempre indicativas e não normativas”, afirmou João Costa, no Agrupamento de Escolas de Marrazes, em Leiria.

O ministro da Educação informou esta quarta-feira que foram divulgados às escolas "novos guiões de trabalho" para a integração das crianças refugiadas vindas da guerra. 

"Hoje mesmo publicámos e divulgámos às escolas novos guiões de trabalho para a integração das crianças refugiadas que estão a chegar, quer na educação pré-escolar quer a partir do 1.º ciclo, com sugestões práticas de como fazer. Orientações que são sempre indicativas e não normativas", afirmou João Costa, no Agrupamento de Escolas de Marrazes, em Leiria.

Algumas das indicações "passam por utilizar os alunos ucranianos que já estão nas escolas a servir de mediadores e de mentores dos alunos que chegam", explica o ministro, assim como o uso de "materiais didáticos que o próprio Governo ucraniano tem vindo a disponibilizar para serem utilizados nas salas de aulas".

João Costa frisou que as crianças que fogem da guerra na Ucrânia "estão num contexto de trauma, são bombardeadas todos os dias com imagens do seu país a ser destruído, veem o seu bairro a ser atacado e deixaram os seus pais, os seus avós para trás". Deste modo, a "escola tem de ser um espaço de felicidade para elas, em que a educação acontece".

"Passa por tornar os alunos portugueses conscientes de como é que se pronunciam as palavras [como os nomes dos ucranianos], fazer pequenos jogos de sensibilização e de consciência da língua", e com especial atenção ao "bem-estar psicológico".

"Temos 2.115 crianças já integradas, um número que tem vindo a crescer. Aqui no concelho de Leiria são 96 crianças. Fizemos questão que a nossa primeira saída fosse numa escola TEIP [Territórios Educativos de Intervenção Prioritária], que tem mais de 30 nacionalidades. Alargámos o programa TEIP recentemente para as escolas que têm uma percentagem elevada de alunos migrantes, exatamente para que estas escolas tenham recursos adicionais para gerir o multilinguismo e o ensino de português língua não materna", disse ainda.