O Departamento de Defesa dos Estados Unidos adiantou esta terça-feira que o exército russo já perdeu 25% do poder de combate que enviou para a Ucrânia, a 24 de fevereiro, e que, por isso, estão a reequipar unidades de combate terrestre para enviar para território ucraniano.
Além disso, a avaliação das Forças Armadas norte-americanas relativamente à nova ofensiva russa, na região do Donbass, é que começou de forma limitada e especialmente na zona a sudoeste da cidade de Donetsk e a sul de Izyum.
As tropas russas estarão assim a tomar medidas para aumentar a capacidade de realizar operações de combate naquela região e para "se preparar para aquilo que acreditamos serão maiores ofensivas no futuro".
A mesma fonte do Pentágono adiantou ainda que as tropas russas juntaram ao seu contigente dois grupos de batalhões táticos, sendo por isso atualmente 78, em vez dos 65 da semana passada.
Relativamente à cidade de Mariupol, cercada pelos russos desde o início de março, continua a ser palco de combates de rua, disse, em entrevista à norte-americana CNN, o governador da região.
"Há combates em curso em Mariupol. São combates de rua e não são apenas com armas ligeiras, mas também batalhas de tanques nas ruas da cidade", declarou Pavlo Kyrylenko, acrescentando que que as zonas onde estão os combatentes ucranianos "estão sob bombardeamento pesado, mas as defesas estão aguentar-se".
Controlar Mariupol iria permitir aos russo ter poder ao longo das várias regiões que se encontram com o mar de Azov, ligando assim a região de Donbass, em parte controlada por separatistas pró-russos, à península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.