Luís Montenegro formalizou na quinta-feira a sua candidatura à presidência do PSD, com a entrega de 2.800 assinaturas, e tendo ao seu lado o mandatário nacional, Miguel Albuquerque.
Em declarações aos jornalistas no jardim da sede nacional do partido, em Lisboa, Luís Montenegro manifestou “um grande orgulho e honra” por ter o presidente do Governo Regional da Madeira como seu mandatário, e elogiou-o pela sua “visão de futuro”.
“É olhar para exemplos como os que vêm do Governo Regional da Madeira que queremos projetar a nossa intervenção futura no país: criar mais riqueza e fazer mais justiça social”, afirmou o candidato à sucessão de Rui Rio.
Já Miguel Albuquerque elogiou “a capacidade e competência” de Luís Montenegro para liderar “uma alternativa” ao atual Governo socialista e “romper com o conservadorismo”.
“O Luís Montenegro é uma pessoa humilde, uma pessoa lúcida e que está ao serviço de Portugal”, afirmou.
O processo de candidatura foi formalizado com a entrega de mais de 2.800 assinaturas – o mínimo necessário são 1.500 –, o orçamento de campanha que ronda os 48 mil euros e a moção de estratégia global.
O texto, divulgado esta quinta-feira pela candidatura de Montenegro, propõe “afirmar cada vez mais o PSD como uma alternativa clara ao governo do PS”, em contraste com a linha de abertura de diálogo à esquerda que Rio defendeu nas últimas diretas.
Relativamente à direita, Montenegro assegura que o PSD “não se vai descaracterizar” ou “distrair” com “discussões estéreis a propósito de um imaginário e extemporâneo diálogo com partidos como o Chega”.
Por oposição, quer agregar e liderar “o espaço não socialista, reunindo moderados, sociais-democratas, liberais, conservadores e democratas cristãos”.
O antigo líder parlamentar social-democrata promete ainda um PSD “reformista, ambicioso, com preocupações sociais e ambientais, que defenda um modelo de crescimento económico, assente nas qualificações e no capital humano, mas protegendo os mais desfavorecidos”.
Com vista a elaborar um programa eleitoral nos próximos dois anos, defende a criação do Movimento Acreditar, uma plataforma de discussão política com a sociedade. De acordo com a proposta de estratégia global, esta opção “permitirá que entre 2024 e 2026 o partido se concentre em apresentar as suas alternativas”, não deixando essa divulgação apenas para o período pré-eleitoral.