As hostes internas do PSD começam a aquecer, principalmente em torno da realização (ou não) de debates antes das eleições diretas de 28 de maio.
Nesta terça-feira, e depois de já ter afirmado essa vontade na formalização da campanha, Jorge Moreira da Silva mostrou-se disposto a debater com Luís Montenegro, e acusava: “A sua candidatura continua sem responder. Desafio-o a esclarecer se aceita ou não debater comigo. Os militantes do PSD merecem esta discussão de ideias.”
Depois da mensagem enviada através do Twitter, fonte da candidatura de Luís Montenegro argumentou que a agenda do candidato não permitirá entrar em debates até ao dia das eleições diretas do partido (28 de maio).
Em resposta, num comunicado enviado às redações, Moreira da Silva lamenta “esta postura de escusa de Luís Montenegro”, mantendo-se “totalmente disponível para com ele debater as ideias de cada um e as nossas visões sobre a liderança do PSD e o futuro de Portugal”. “Assim Luís Montenegro reconsidere a sua posição, pois nunca é tarde para se fazer o que é correto”, completa o candidato.
Na mesma mensagem, Moreira da Silva defende que os debates em questão seriam “debates democraticamente óbvios e debates essenciais, pois: nenhum dos candidatos está no exercício da presidência do Partido; o perfil dos candidatos é muito distinto; as Moções Estratégicas apresentadas por cada um deles são muito diferentes, nas opções que assumem e nos caminhos que preconizam para o País e para o PSD”.
“É, pois, com enorme desilusão e até tristeza que recebi a notícia de que Luís Montenegro (que não havia ainda respondido àqueles convites da Comunicação Social, nem aos contactos da minha candidatura para acertar os pormenores da concretização desses convites) veio hoje recusar quaisquer debates comigo, com a conhecida desculpa da ‘falta de agenda’”, lamenta Moreira da Silva, disparando: “Numa eleição (sobretudo numa eleição como esta) a agenda primeira e inalienável é precisamente o debate democrático, franco e transparente”.