O povo português foi o foco do discurso do Presidente da República, esta sexta-feira, nas cerimónias do 10 de Junho em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa não poupou nos elogios à "arraia-miúda" que construiu Portugal e se espalhou pelos oceanos.
"É o povo português a razão de sermos o que somos e como somos, de sermos Portugal, viva o povo português, vivam os portugueses de ontem, de hoje e de sempre onde quer que façam Portugal. Viva o nosso querido Portugal", afirmou o chefe de Estado, sublinhando que desde a fundação do país quem esteve "sempre, sempre presente” foi o povo.
"Se é verdade que os seus soberanos, os seus líderes, os seus chefes encheram também páginas da nossa História, não é menos que sem o povo, sem a arraia-miúda de que falava Fernão Lopes, não teria havido o Portugal que temos", defendeu.
"Porque foi esse povo quem morreu aos milhares na conquista do território, partiu em cascas de noz pelos oceanos para o desconhecido, ficou espalhado um pouco por todo o universo, e deixou língua, alma e saudades das raízes”sublinhou Marcelo, acrescentando: “E ainda esteve nos momentos decisivos para podermos vir a ser o que somos, desde os combates nos séculos XIV e XVII pela nossa independência, a nossa restauração".
O Presidente fez ainda questão de assinalar a Cimeira dos Oceanos que terá lugar em Lisboa no fim deste mês, defendendo que "só é possível em Portugal porque o mesmo povo português escolheu o oceano como seu destino".
"São os milhões e milhões de portugueses de carne e osso que fizeram Portugal, que fazem Portugal, que farão Portugal. Foi o povo que deu o que tinha e o que era sempre Portugal. Foi o povo português que cruzou oceanos e fez dos oceanos a nossa nova terra de futuro", reiterou.