O Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto, pinta-se hoje de laranja, cor que manterá até ao próximo domingo, durante o 40.º Congresso do Partido Social-Democrata (PSD).
A reunião magna do principal partido da oposição será o palco da tomada de posse de Luís Montenegro como líder, sucedendo a Rui Rio depois de vencer as eleições internas de 28 de maio com 72% dos votos, frente a Jorge Moreira da Silva.
No Porto, é hora de os sociais-democratas concluírem o processo de transição na sua direção, dando início a um novo capítulo, com Montenegro ao leme. Sobre a mesa o que não falta são temas a debater: o novo aeroporto de Lisboa, a situação da saúde em Portugal e a inflação são apenas algumas das questões com que o país se debate.
Mas, primeiro, é hora de arrumar a casa. A direção do Grupo Parlamentar do PSD organizou um jantar de despedida a Rui Rio, que liderou o partido desde 2018 até agora. O antigo autarca do Porto vai-se manter no Parlamento até setembro deste ano, mesmo já não sendo presidente do partido.
Por sua vez, Montenegro subirá ao lugar de líder máximo da oposição em Portugal. Recebe uma casa que precisa de recuperar espaço no espetro político. Quanto aos nomes que levará consigo à direção, mantêm-se no segredo dos deuses.
Quem sucede a Mota Pinto? Para já, sabe-se que Paulo Mota Pinto vai deixar o lugar de líder da bancada paramentar social-democrata, menos de dois meses depois da sua eleição para o cargo, com 92% dos votos.
Rapidamente se começou a falar sobre quem ocuparia o lugar deixado vago por Mota Pinto. Entre as diferentes opções, destacam-se Joaquim Miranda Sarmento. Aquele a quem muitos chamavam ‘o Centeno de Rio’, e que coordenou a moção estratégica de Montenegro, de quem se aproximou após a ‘saída de jogo’ do ainda líder, anunciou que será candidato ao lugar.
As opções faladas eram várias, e as apostas estavam por todo o lado, havendo mais dois nomes que surgiam como favoritos: Ricardo Baptista Leite e Alexandre Poço.
O médico, deputado e vice-presidente da bancada social-democrata não confirmou nem desmentiu uma subida ao lugar agora vago. “Sou vice-presidente da bancada parlamentar, estarei nestas funções ou noutras quaisquer na medida daquilo que Luís Montenegro entender”, disse ao Observador.
Já o jovem Alexandre Poço, líder da Juventude Social-Democrata, é também um dos apontados ao lugar, este sim longe das teias do dito ‘rioísmo’, o que, para alguns, poderá ser visto como uma vantagem, já que representaria uma ‘rutura’ com o passado do partido.
Fim de semana Hoje é dado o tiro de partida para três dias de importantes decisões no universo social-democrata, a quatro anos das próximas eleições legislativas, com as miras apontadas às eleições europeias de 2024.