Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esta segunda-feira que "não há verdadeira liberdade", sem "saúde, educação e solidariedade social".
O Presidente da República discursava na cerimónia evocativa do 190.º aniversário da Entrada no Porto do Exército Liberal e considerou que "sem a liberdade, a liberdade no pensamento, a liberdade na ação, a liberdade na palavra, a liberdade na escolha e no controle daqueles que nos representam, não se respeita cada uma e todas as pessoas, mas sem os direitos, a saúde, a educação, a solidariedade social, à não condenação à pobreza, não há verdadeira liberdade".
Marcelo fez questão de sublinhar o papel das Forças Armadas na história do país e na luta pela liberdade, referindo que as "Forças Armadas sempre foram penhor de liberdade e souberam e sabem garanti-la com orgulho, coragem e sentido de serviço a Portugal".
O Presidente da República lembrou ainda que não se pode dar a liberdade como garantida e que esta se conquista "todos os dias"
"Sabemos que ela continua imperfeita, incompleta e exige mais e melhor. Sabemos que somos um só Portugal, uma só pátria e que todos têm direito a vivê-la, mesmo que vejam de olhos muito diversos e até radicalmente diferentes, dentro do respeito do Estado de Direito", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que "a liberdade exige a diferença, a diversidade, o pluralismo, mas também o diálogo, a tolerância, a aceitação da pertença a uma só pátria", lembrando que o caminho para a liberdade tem sido "muito longo, muito penoso e muito sofrido".