O Presidente da República lembrou esta segunda-feira o “longo, penoso e sofrido” caminho que se fez para atingir a liberdade, mas alertou que a mesma “continua imperfeita, incompleta e exige mais e melhor”.
“Sem a liberdade, a liberdade no pensamento, a liberdade na ação, a liberdade na palavra, a liberdade na escolha e no controle daqueles que nos representam, não se respeita cada uma e todas as pessoas, mas sem os direitos, a saúde, a educação, a solidariedade social, à não condenação à pobreza, não há verdadeira liberdade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia evocativa do 190.º aniversário da entrada na cidade do Porto do Exército Libertador de Dom Pedro.
O chefe de Estado exaltou também o papel das Forças Armadas na História de Portugal e na luta pela conquista da liberdade, sublinhando que as “Forças Armadas sempre foram penhor de liberdade e souberam e sabem garanti-la com orgulho, coragem e sentido de serviço a Portugal”.
Lembrando a chegada de D. Pedro a 9 de julho de 1832 ao Porto, Marcelo reforçou que a liberdade não se pode ter por garantida. “A liberdade conquista-se todos os dias, não há liberdade para sempre conquistada. Sabemos que ela continua imperfeita, incompleta e exige mais e melhor”, salientou, acrescentando que a mesma “exige a diferença, a diversidade, o pluralismo, mas também o diálogo, a tolerância, a aceitação da pertença a uma só pátria”.