Que Putin e os putinistas são mentirosos não é sequer uma afirmação original, mas apenas uma constatação óbvia. Vem isto a propósito de mais uma vez ter bombardeado a sua palavra, sobre Odessa, propósito do acordo para a exportação dos cereais ucranianos, que tanta falta fazem para combater a fome mundial. Primeiro não tinham sido eles, depois sim. E mais do que uma vez.
Só que desta vez, Putin empenhou a sua inqualificável palavra, junto do secretário geral da ONU e do Presidente da Turquia, que desse modo decidiram solenizar o acto, e dar-lhe um pouco mais de crédito do que tem a palavra de Putin por si.
Na mesma altura em que sai um livro-biográfico em Lisboa, sobre o beligerante e líder da Rússia, da autoria do jornalista britânico John Sweeney. Que começa quando o ex-espião Putin denunciava abusos (autênticos crimes de guerra), ainda não ordenados por ele (evidentemente) na Guerra da Chechénia, em 2000.