O antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita apresentou a candidatura ao cargo de diretor executivo da Frontex, a agência que controla as fronteiras da União Europeia, em julho, tendo nessa altura informado o Governo, segundo a Rádio Renascença.
O processo de seleção teve início em abril e terminou em julho, altura em que o ex-governante, o único candidato português, entre 78 nomes, ao cargo máximo da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, num momento em que se vive uma crise de refugiados.
Recorde-se que Eduardo Cabrita tomou posse como ministro da Administração Interna em 21 de outubro de 2017, substituindo Constança Urbano de Sousa, que se demitiu do cargo após os trágicos incêndios de 2017.
Em outubro de 2019 foi reconduzido no cargo após vitória do PS nas legislativas e o seu mandato foi rico em controvérsias, como a morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk – que morreu em 2020, quando estava sob custódia do SEF – e o caso do atropelamento mortal de um trabalhador na A6 pelo carro onde seguia o então ministro. Foi aliás esta polémica que levou à sua demissão em dezembro de 2021.
Agora, Eduardo Cabrita está na corrida para substituir o francês Fabrice Leggeri, que se demitiu do alto cargo da Frontex em Março.