O líder parlamentar do PSD considerou que a proposta de Orçamento de Estado do Governo "mantém uma política económica que não traz crescimento para Portugal" e que não altera a estratégia adotada nos últimos sete anos.
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"As perspetivas de crescimento económico para o próximo ano são desanimadoras, Portugal vai continuar a divergir dos seus principais concorrentes na União Europeia", afirmou Joaquim Miranda Sarmento, em reações aos jornalistas.
De acordo com o social-democrata, este é um Orçamento que continua "o empobrecimento a que o país tem assistido nos últimos anos" e que será "generalizado para a maioria dos portugueses".
Miranda Sarmento destacou que apesar das "muitas promessas, medidas e programas" do Executivo socialista, quando se olha à execução dos orçamentos do PS, esta "fica muito aquém das promessas", nomeadamente no investimento público e no apoio às famílias e às empresas.
Relativamente ao acordo com os parceiros sociais, o líder da bancada social-democrata reconheceu que este "é benéfico para o país", mas apontou que o Governo não se pode ficar apenas pelo acordo de concertação social.
"É apenas um ponto de partida para uma estratégia que devia ser para os próximos quatro anos em termos de crescimento económico. Mas o Orçamento não altera a política económica dos últimos sete anos que tem levado Portugal a divergir face aos restantes países da União Europeia".
Questionado sobre que Orçamento o PSD gostaria que existisse, respondeu que uma proposta do seu partido seria virada para a "competitividade da economia e para a produtividade", porque "sem crescimento económico e produção de riqueza, não é possível pagar melhores salários e também não há receita fiscal para melhorar os serviços públicos".