Um homem e uma mulher foram detidos na segunda-feira pela Polícia de Segurança Pública (PSP) por se fazerem passar por oficiais da Guarda Nacional Republicana (GNR), no concelho de Leiria.
Fonte da PSP avançou à agência Lusa que o homem e a mulher "foram intercetados, pelas 14h30, em flagrante delito, quando, numa situação de cariz particular, fizeram uso de carteiras profissionais iguais às que são usadas pela GNR, identificando-se como oficiais desta força de segurança, numa situação relativa a um contrato de habitação”.
De acordo com aquela fonte da PSP, a mulher de 38 anos e o homem de 34, um casal, residente no concelho de Alcobaça, não têm atividade profissional conhecida e estão “referenciados pela prática de crimes de burla, falsificação de documento, usurpação de funções e abuso de designação, sinal ou uniforme”.
A PSP não adiantou o número de crimes de que o casal é suspeito mas afirmou que há conhecimento de crimes praticados no distrito de Leiria “mas admite-se outros fora do distrito”, esclarecendo “não existir, ainda, um perfil das vítimas destes crimes”.
“Os dois têm antecedentes policiais e criminais”, adiantou ainda, informando que foram feitas buscas, uma à viatura e outra ao domicílio dos suspeitos.
Segundo a autoridade, os arguidos “tinham imenso equipamento”, incluindo “fardamento do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], dos bombeiros, da Proteção Civil e da GNR”, além de “coldres, algemas, bastões policiais, rádios, luvas e luz sinalizadora de viaturas em marcha de emergência”.
“Parte do equipamento foi adquirido em casas de fardamento e equipamento técnico para as forças de segurança e de Proteção Civil”, sendo que outros artigos “eram fabricados pelos suspeitos, como a identificação falsa”.
Os suspeitos foram detidos, constituídos arguidos e libertados, devendo comparecer hoje no Tribunal Judicial de Leiria.
A PSP recomendou aos cidadãos que “não deixem de respeitar ordens ou indicações emitidas pelas forças de segurança, quer caracterizadas quer descaracterizadas, desde que façam prova legítima dessa qualidade, mas, em caso de dúvidas relativamente à ação ou à legitimidade das pessoas, contactam de imediato os serviços oficiais destas entidades”.