Kiev sofre novo ataque de mísseis russos. Parte da capital está sem eletricidade e água

“A Rússia faz isto porque ainda tem mísseis e porque mantém a vontade de matar os ucranianos”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia após a onda de ataques. 

A Ucrânia sofreu, esta segunda-feira, mais um ronda de ataques russos. Segundo a agência France-Press (AFP), foram enviados mais de 50 mísseis de cruzeiro, sendo que a capital Kiev foi uma das cidades mais fustigadas por estes ataques.

Infraestruturas de energia em Kiev e noutras cidades foram atingidas, causando cortes de eletricidade e água em várias regiões e numa parte da capital, informou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O autarca de Kiev, Vitali Klitschko, já adiantou, nas redes sociais, que os engenheiros estão a trabalhar "para restaurar o fornecimento de eletricidade após danos numa instalação de energia que abastece cerca de 350.000 apartamentos em Kiev".

"Especialistas da DTEK, NEC "Ukrenergo", juntamente com outros serviços de emergência e autoridades estão a fazer tudo o que é possível para estabilizar a situação o mais rápido possível", apontou.

Na sequência da onda de ataques russos, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reagiu no Twitter ao dizer que a “Rússia em vez de estar a lutar no campo de batalha está a lutar contra civis". 

"Não justifiquem estes ataques apelidando-os de 'resposta'. A Rússia faz isto porque ainda tem mísseis e porque mantém a vontade de matar os ucranianos", considerou Dmytro Kuleba.

O ataque à capital ucraniana surge dias depois de a Rússia acusar a Ucrânia de um ataque em alarga escala à sua frota no Mar Negro, que conduziu à suspensão, por parte de Moscovo, do acordo sobre a exportação de cereais.