O Ministério Público (MP) acusou Mário Machado, fundador e antigo líder da Frente Nacional, de um crime de incitamento ao ódio e à violência e de um crime de detenção de arma proibida.
A acusação acontece na sequência de um homicídio que ocorreu a 23 de agosto de 2019 junto a uma discoteca no Algarve, sendo que, o autor dos disparos mortais terá sido um jovem africano.
Segundo a acusação, nesse dia e nos seguintes, Mário Machado, através do telemóvel, terá acedido às plataformas digitais associadas ao movimento nacionalista de extrema direita que liderava e à conta de Twitter e publicou mensagens a incitar que procurassem o suspeito, mas nao para o entregar às autoridades e sim para entrarem em contacto com ele ou com o movimento que liderava, sendo o objetivo fazer "justiça pelas próprias mãos".
No decurso do inquérito foram efetuadas buscas à residência do arguido, tendo sido encontrada uma arma de fogo, sem licença, e três tacos de basebol.
"Como Mário Machado tem condenações anteriores, o Ministério Público entende que deve ser punido como reincidente", lê-se na nota do MP.
Mário Machado já reagiu a dizer que a acusação não fazia sentido.