“Celebramos hoje a Restauração da Independência de Portugal, uma data que evoca a afirmação da nossa nação e da nossa soberania. Homenageamos a memória dos que lutaram e contribuíram para essa conquista”, publicou o primeiro-ministro numa mensagem na sua conta oficial na rede social Twitter.
“A reposição do feriado do 1.º de Dezembro, pelo simbolismo da data, é uma das medidas de que mais me orgulho ter tomado enquanto primeiro-ministro. Valorizemos a nossa História. Honremos a República. Celebremos a soberania e a força da nossa bandeira nacional”, escreveu, sendo que este feriado havia sido abolido por Pedro Passos Coelho durante o período da troika.
Importa lembrar que, por motivos de saúde, Costa não participou na sessão evocativa do Dia da Restauração, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, sendo o Governo representado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras. Pela mesma razão, o primeiro-ministro também não se deslocará ao Catar para assistir ao jogo entre Portugal e a Coreia do Sul.
Já o Presidente da República recordou a data “em que valorosos guerreiros nos deram livre a Nação”, valorizando a importância deste dia em que “o Povo Português recuperou a sua independência, num movimento no qual, com os conjurados de 40, muitos se implicaram, descontentes com a situação do País, aquém e além-mar, e com as suas condições de vida”, como é possível ler numa nota publicada no site oficial da Presidência.
“Ao lembrar tantos portugueses, de tantas origens, que se envolveram no movimento revolucionário, o Presidente da República quer lembrar também os Portugueses de etnia cigana que, como reconheceu então o próprio Rei D. João IV, deram a vida pela nossa independência nacional”, acrescentou, explicando que o “cavaleiro fidalgo” Jerónimo da Costa e os restantes 250 outros ciganos que serviram nas fronteiras “procedendo na forma de traje e lugar dos naturais” lutaram de forma brava por Portugal.
“Portugal lembra-os, presta-lhes homenagem e exprime a sua gratidão. Este dever de memória é de elementar Justiça e rompe com tanto esquecimento e discriminação de que os ciganos têm, infelizmente, sido alvo no nosso País”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
A cerimónia – em honra do golpe revolucionário de 1640 que terminou com o domínio da dinastia Filipina sobre Portugal – é presidida pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e conta também com a participação do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e do Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Ribeiro e Castro.