Tal como para a feminista e anarquista Emma Goldman, para Azar a revolução tem de ser dançável. A sua gargalhada envolvente foi ocupando a entrevista que, por questões de segurança, se desenrolou durante três semanas. No sábado passado, tivemos uma última conversa: «Estou numa situação muito complicada, ligo-lhe mal possa». Até hoje. Um elemento da Comunidade Iraniana em Portugal, que nos colocou em contacto com Azar, está preocupado. O Parlamento iraniano prepara-se para fazer uma alteração legislativa que permita condenar à morte os manifestantes que falarem com jornalistas. Esperamos que Azar se esteja a rir.
Queimar o hijab, cortar o cabelo, é um desafio ao regime que impõe o uso do véu às mulheres ou tem outro simbolismo?
As duas coisas. O Irão é um país com vários grupos étnicos. Os protestos começaram com o assassínio de Mahsa Amini, que era curda. Por isso, as mulheres curdas – as quais, por tradição, quando um familiar morre, cortam os cabelos em sinal de dor e luto – fizeram o mesmo após a morte de Mahsa. As palavras de ordem, «Mulher, Vida, Liberdade», que nos acompanham nas ruas, são igualmente um slogan que tem origem nas feministas curdas. E isso marcou as primeiras manifestações. Eu, que sou persa e não conheço bem a cultura curda, desconhecia, no início, o seu significado. Por isso, sim, há uma carga simbólica inicial, para lamentar a morte de Mahsa, mas há, sobretudo, uma insurreição contra o regime. Ao cortarem os seus cabelos, as mulheres querem fazer chegar àqueles que as tiranizam uma mensagem bélica: «Chega, eu não quero cortar os meus cabelos, o que eu gostava era de vos fazer exatamente o que estou a fazer com eles agora!».
É isso que sente?
Sem dúvida que é o que me apetece fazer (risos).
Também cortou o seu cabelo?
Não. Como disse, isso foi uma reação à infame morte de Mahsa. O hijab hoje é uma questão praticamente resolvida no Irão (risos). Agora, andamos na rua sem o véu. É a primeira vez em 43 anos. O hijab é apenas uma parte do nosso problema, do qual, claro, não vamos abdicar. Não sei se conhece a canção Baraye do músico Shervin Haji – que foi preso, aliás, por a ter escrito. A letra menciona vários temas como a corrupção no Irão, a censura e a descriminação de género. Nós queremos acabar com tudo isso, não ficamos por menos, e a única forma de o alcançar é deitar abaixo o governo. Se ouvires os protestos hoje, já não se está a falar de Mahsa, nem do hijab.
A morte de Mahsa foi o rastilho?
Imagine que tem em casa uma série de material inflamável. Basta uma faísca para tudo ir pelos ares. Esse foi o papel de Mahsa. O que se está a pedir agora é a queda do regime. E nós sabemos que isto não vai ser uma luta fácil.
Os protestos estão a ser organizados ou são espontâneos?
Os protestos não são organizados por ninguém. A internet está sempre a falhar e os telemóveis estão sob escuta. Esta revolução é orientada por uma ideia: mulheres, vida, liberdade. Eu acho que isso é uma força muito poderosa. E é isso que está a trazer as pessoas para a rua, apesar de não terem um líder.
Não conheço uma revolução que tenha funcionado sem líderes, teóricos, gente capaz de organizar as massas.
Claro que nós precisamos de uma oposição! O problema é que este regime, durante 42 anos, matou ou prendeu os nossos principais líderes. Se as prisões fossem abertas, íamos ter gente capaz para governar todo o Médio Oriente. E não é por sermos melhores do que os outros, é porque o número é muito grande.
Houve também muitos opositores que foram mortos no exílio.
Claro! Mataram cerca de 300 pessoas da oposição na Bélgica, Áustria, Alemanha, França, mas também em Inglaterra. É muito triste dizer isto, mas estes países foram cúmplices. Porque lhes convinha a instabilidade no Médio Oriente – especialmente no Irão, que é dos países mais ricos, onde não existe desenvolvimento. Permitiu que eles nos vendessem caro o que queriam e levassem barato o petróleo e o gás. E o exemplo disso é o ataque terrorista em Berlim, que levou à morte de nove iranianos. O autor do atentado acabou por ser deportado para o Irão. Como foi isto possível sem a sua conivência?
Não surgiu, entretanto, gente mais nova para ocupar esse vazio?
O que temos agora como oposição são basicamente celebridades populares. Um deles é o Ali Karimini, que foi o capitão da equipa nacional de futebol do Irão. Está no Canadá. Ele esteve a dar-nos apoio através do Twitter. O governo tirou-lhe tudo, já não tem nada no país. Há também a Masi Alineçak, que foi jornalista e membro do Parlamento, mas acabou por sair do Irão há 10 anos. Agora trabalha também para a Voice of America, faz campanhas contra o uso obrigatório do hijab. Teve uma reunião com o Macron e tornou-se uma figura pública. E temos o herdeiro do trono, o filho de Mohamed Reza, que é de todos a figura mais conhecida. Diz que não está interessado em restaurar a monarquia, quer uma democracia onde possa vir a ser útil.
Mas ainda não se chegaram à frente…
O nosso problema é que estamos tão isolados que nem sabemos se eles falam entre si. Por isso é que nós, através das redes sociais a que ainda vamos conseguindo aceder, já lhes dizemos: «Sacanas, juntem-se, façam com que a revolução seja possível. Nós precisamos de oposição!». Temos de ter representantes que falem com o Ocidente, outros com o Oriente…
Diz-me que a vossa intenção é fazer cair o governo. Sem líderes e sem armas, isso não será um sonho?
Temos de decidir quanto antes o que queremos fazer a seguir com o menor número de baixas possível. Estas pessoas não largam o poder, a não ser que haja derramamento de sangue. Esta tem sido a história do Irão. Tenho muita pena de dizer isto, eu não sou má pessoa, mas tem de haver alguém que os mate. Infelizmente, é assim que o nosso mundo ainda funciona.
Os seus pais estiveram envolvidos na revolução de 1979 que levou à instalação da teocracia islâmica?
Não, antes pelo contrário. O meu pai era absolutamente contra. Aliás, ele era militar da Força Aérea e depois da revolução foi expulso porque se recusou a obedecer à lei islâmica.
Como é que a família sobreviveu a partir daí?
Ele foi tendo pequenos negócios ao longo dos anos. Agora está reformado e está muito entusiasmado para que o regime mude e assim poder começar a receber o dinheiro da reforma (risos) da altura do regime do Xá. O último negócio que ele teve foi um restaurante. A minha mãe, que era muito mais nova, sempre ajudou o meu pai, mas desde que me lembro sempre esteve em casa, era sobretudo doméstica.
Antes da queda do rei Mohamed Reza, em 1979, as mulheres vestiam-se como queriam e o hijab tinha sido abolido. Aliás, o monarca fez uma série de alterações legislativas importantes ao nível dos direitos das mulheres: tinham acesso à educação, já ocupavam lugares importantes no poder… A sua mãe cresceu com essa liberdade. Como é que foi a sua educação?
A minha família era muito liberal. Lembro-me de, aos 8 anos, pintar as unhas e dançar ao som de músicas proibidas. Ela adorava ver-me dançar, enquanto o meu pai ouvia a oposição na nossa televisão por cabo. Aliás, o meu pai é ateu. A minha mãe não é particularmente religiosa, acho que nunca a vi rezar ou a fazer qualquer tipo de ritual religioso, mas não me parece que seja ateia. É mais espiritual do que o meu pai.
E a Azar?
Eu cresci com liberdade, sem imposições. Na escola, pratiquei o Islão e na faculdade, talvez porque era uma universidade católica, segui o cristianismo. Mais tarde, tornei-me ateia. Depois, fui agnóstica e agora considero-me espiritual. Acredito que existe uma força no universo, que há leis no universo. Mas continuo a duvidar de tudo. Ou seja, o meu lado agnóstico não me abandonou completamente. Amanhã, posso ter uma opinião completamente diferente. Mas é isso que a liberdade de pensamento permite, não é?
Mas fora de casa tinha de usar o hijab. Com que idade, mais ou menos, é que se torna obrigatório o uso do véu?
Não há mais ou menos. Foi aos 9 anos. Porque, de acordo com o Corão, a rapariga chega à puberdade quando faz 9 anos e nessa altura tem de passar a cobrir o cabelo e o corpo.
Era permitido o relacionamento com rapazes?
As escolas para rapazes e raparigas são separadas. Por isso, da primária à secundária, não havia contactos, ou seja, os rapazes não viam as raparigas e vice-versa. Mas, na realidade já havia quem fizesse batota (risos). Normalmente, mal tocava a hora da saída, os rapazes passavam pela escola de raparigas mais próxima, antes de irem para casa. O que também era proibido, mas já eram pequenos gestos de rebeldia.
Para quem, em casa, teve uma educação liberal devia ser muito mais complicado integrar-se na vida social. Tinha a noção de que qualquer distração a podia trair, que tinha de representar um papel?
Claro, e foi muito difícil! Para ir às aulas, tinha de pôr o meu véu e usar o uniforme. E isto não representava a criança que eu era. Quando saía de casa, estava a desempenhar um papel. Acho que isto me ficou na cabeça. Mesmo quando fui estudar para fora do país, continuei a fazer de figurante.
Em que país estudou?
Não posso dizer. Há pormenores da minha vida que tenho de omitir ou sou imediatamente identificada.
Por que razão saiu do Irão?
Exatamente porque o meu pai não queria que as filhas fossem para uma universidade islâmica. Mas, mesmo fora do país, a representação manteve-se por algum tempo. Tentava apresentar de mim uma imagem perfeita. Ou seja, tentava fazer de mim aquilo que eu achava que eles queriam. Fui vencida pelo cansaço. Porque no Irão nós tínhamos cinco horas de aulas e ali era o dobro. Começou a ser exaustivo e lentamente fui-me apercebendo que já podia ser eu própria. Sem disfarces. E isso foi uma grande realização. Mesmo sendo muito nova, foi uma grande lição perceber que até ali tinha levado uma vida dupla.
O que mais a marcou quando chegou?
Eu estava a meio do secundário. Era a primeira vez que tinha aulas com o sexo oposto e os rapazes eram muito atenciosos. Uma vez, eu estava com o período e com muitas dores. A enfermeira do colégio deu-me um saco de água quente para pôr na barriga. Quando chegou a altura de irmos para casa, um dos meus colegas, que percebia o que significava quando uma rapariga precisava de uma botija, ofereceu-se para carregar a minha mala até ao carro. Foi um gesto muito pequeno, mas levou-me a pensar: «Que porra! Então e as raparigas iranianas? Por que é que nós iranianas havemos de ter vergonha do nosso período, não ter o apoio dos homens ou dos rapazes da nossa idade?». E fiquei muito triste por perceber como a ‘gap’ entre as raparigas e os rapazes no Irão estava tão distante de uma vida normal.
Experimentava pela primeira vez a liberdade?
Ali, era tudo diferente. Do secundário à universidade, eu estive num ambiente em que mulheres e homens estudavam juntos, trabalhavam juntos. Falavam de tudo. O sexo não era um tabu. Tive os meus namorados. Até namorei com um latino, era da Guatemala. Aprendi um pouco de espanhol porque passei algum tempo com a família dele, o que foi muito divertido. Ia ter com eles pela comida. Adoro comer. Por isso, quando se fala de pontes culturais, dou sempre o exemplo do meu romance para explicar por que é que eu digo que sou multicultural. Estou muito grata por não ter estado no Irão no início da minha vida adulta.
Mas depois voltou para o Irão. Porquê?
Formei-me, fiz o mestrado em gestão empresarial e pensei que podia contribuir para a mudança no meu país.
O regresso deve ter sido um choque…
Durante 11 anos, ou seja, durante a maior parte da minha vida adulta em que estive no estrangeiro, vestia-me como queria. Tinha crescido muito e já não aceitava que me dissessem que roupa usar e se devia ou não cobrir os cabelos. No meu corpo, eu é que mando. Por isso, foi muito difícil a adaptação. No país onde vivi, estava habituada a sair nos fins de semana com homens e mulheres, a fumar e a beber. Aqui, para se fazer isso é o jogo do gato e do rato.
O álcool no Irão é proibido.
Claro. Se alguém for apanhado a beber, pode ser chicoteado ou mesmo ir preso. Depende da reincidência. Mas eu bebo. Adoro tequila. Consegue-se encontrar de tudo no mercado negro. Se são boas, são caras; se forem falsificadas, é muito perigoso bebê-las. Mas a maior parte das famílias fazem as suas próprias bebidas, com vinho e licores. Já em relação às drogas, não há qualquer tipo de pena. Quando digo a pessoas da minha idade que não consumo drogas, elas dizem que sou uma maricas (risos). E isto porque as drogas são muito mais baratas do que o álcool. Uma das minhas preocupações em relação ao Irão é, de facto, as drogas. Muitos universitários, ou seja, os nossos ‘cérebros’, estão amarrados às drogas, que é outra forma de controlar as mentes…
Trabalha?
Numa empresa. Faço parte da direção.
Como são as suas relações com os seus colegas?
Eu era a única mulher nas reuniões de direção. Muitas vezes queria ir pelos caminhos mais arriscados, e estava certa, mas a minha opinião era sempre ignorada. Fiquei revoltada com a descriminação e não gostava dos homens iranianos por causa disto.
É casada?
Não, felizmente não! Acho que nunca me vou casar enquanto estiver no Irão. Quando uma mulher casa, assina um documento onde basicamente desiste de pertencer ao grupo dos seres humanos. Não pode mais sair do país sem o marido, não pode pedir o divórcio, etc. São tantos anos a ser reprimida que chega a hora da revolta contra o opressor.
No entanto, agora os homens têm estado ao vosso lado nos protestos. Esta solidariedade não a fez mudar de ideias?
Esta revolução mudou a minha opinião em relação aos homens iranianos. Eu já sabia que as mulheres iranianas eram corajosas e agora sei que os homens também são. Têm agido de maneira diferente: estão connosco, defendem-nos, têm mais respeito por nós. Antes, eram os homens contra as mulheres, agora estamos unidos contra o regime. Tem sido muito comovente tê-los connosco. Mas é a primeira vez que eu vejo os homens em ação.
Os protestos, que começaram há três meses, tiveram momentos de grande intensidade. Confrontos com a polícia, edifícios públicos incendiados. Ontem (19 de novembro), vi a casa onde nasceu o Ayatollah Khomeini ser incendiada. Foi um perigoso desafio…
A casa onde ele nasceu foi transformada num museu. Gastam imenso dinheiro para mantê-la bonita, enquanto os iranianos estão reduzidos a uma vida miserável. Pequenas vitórias como estas sabem sempre muito bem. Foi mesmo um momento orgásmico! (risos)
Não tem medo. As pessoas perderam o medo?
Não quero ser irrealista. Ainda temos medo, mas o medo coletivo desapareceu. Porque agora sabemos que todos juntos temos mais poder do que eles e estamos dispostos a pagar o preço. Mas o medo pessoal ainda existe. No dia em que não houver qualquer medo, este governo desaparece. E não acho que esse dia esteja longe.
Mas as manifestações nestes últimos dias perderam o ímpeto…
Porque há o mundial de futebol e a comunicação social está mais ocupada. Os jovens, depois de três meses de pancada e tiros, estão a restabelecer-se. Acho que a partir do dia 21 vai acontecer alguma coisa.
Depois do fim do Mundial?
Sim, vamos aguardar!
Já mais de 16 mil pessoas foram presas, há mais de três centenas de mortes, entre elas crianças. Cinco manifestantes receberam a pena capital…
Penso que esses números podem estar a ser manipulados. É outra forma de nos controlarem pelo medo. O que eu sei, pelos que me rodeiam e que são praticamente todos universitários, é que o grande número de prisões aconteceu rapidamente e num período de tempo muito curto. Mas sim, muitas pessoas têm sido presas. Vivemos num Estado sem lei. Eles podem fazer o que quiserem e não temos quem nos ajude. Essa é a parte mais assustadora. E temos de ser ninjas, se não queres engrossar o número. Eu levo uma vida de ninja. As minhas competências de ninja são muito boas… (risos)
Os presos não têm acesso a advogados?
A maioria não. Quem podia aceitar estes casos também foi preso. Eles emitem veredictos sem que as pessoas se possam defender. Já lhe disse: estamos num Estado sem lei, numa ditadura.
Diz-se que muitas mulheres têm sido violadas. Não tens medo de ser presa?
Fisicamente, não, aguento bem a pancada. Mas tenho muito medo do assédio sexual, da violação… Esse é o meu pior pesadelo!
Voltando um pouco atrás, dizes que tens uma vida de ninja. O que queres dizer com isso?
Em primeiro lugar, é preciso ter muito cuidado com telemóveis porque estamos a ser todos controlados. E a polícia entra pelas casas suspeitas e pode apanhar tudo. Geralmente, deixo o computador pessoal e o telemóvel na casa da família. Troco com frequência de telemóvel e nas manifestações tenho de ter cuidados, saber medir forças. Há alturas em que é necessário fugir, outras em que tenho de escolher sítios para me esconder, e há momentos em que temos de enfrentar a policia sem mostrar medo. Se eles vêem o medo nos teus olhos, mais brutais são.
Como os cães?
Exatamente, como os cães. Isto foi uma das coisas que aprendi. Se eles percebem que não tens medo, não te vão tocar, não se atrevem. No caso dos militares, é diferente, pois têm armas. O que vais fazer quando tens uma arma apontada contra ti? Mas também é importante ser inteligente. Eu gosto de estratégia e acho que, inconscientemente, uso muitas coisas que tenho aprendido ao longo dos anos. Tem havido muitas pessoas feridas. Mas é triste. É triste pensar que estás no teu país e que, para teres os mais básicos dos direitos humanos, tens de pôr a tua vida em risco.
Conheces alguém que tenha estado preso e que conseguiu sair?
Sim, mas são estudantes universitários. Eles tiveram de dar dinheiro para sair. Tiveram de pagar.
Quanto?
A quantia é sempre diferente, depende do grau de envolvimento. O mínimo ronda os 40 mil dólares, mas conheço pessoas que já pagaram um milhão. É uma loucura. As pessoas fazem tudo para obter esse dinheiro. Vendem propriedades, carros, tudo. Mas o mais importante para o governo não é o dinheiro. Com a retirada dos bens às pessoas, querem que a sociedade se torne passiva. É a maneira perfeita do controlo social.
As pessoas estão a ser torturadas?
Sim, estão-se a passar muitos horrores, é arrepiante e a pior parte disto tudo. Do que sei, é que, quando saem, já não são os mesmos. Não imagina como está o olhar deles! Muitos suicidam-se depois de serem libertados.
Estás disposta a resistir? As árvores morrem de pé…
Preferia morrer a lutar pela minha liberdade do que morrer por outra causa qualquer. As pessoas acabam todas por morrer. Mas o essencial, o que nos faz humanos, é a escolha da liberdade. Prefiro morrer como um ser humano, a viver como um animal.