Proteção Civil alerta para a possibilidade de cheias e pede à população para adequar “medidas de autoproteção”

A possibilidade de inundações e cheias é particularmente grande na “bacia hidrográfica do Minho”, sendo que existem “zonas historicamente sensíveis”, como a região metropolitana de Lisboa e o Algarve.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realizou este domingo uma conferência de imprensa onde declarou que iria agravar a partir da meia-noite o alerta para o dispositivo de socorro do Norte, nomeadamente nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga, devido à possibilidade de inundações e cheias "já a partir da próxima madrugada".

André Fernandes, comandante da ANEPC adiatou ainda que o alerta pode vir a ser agravado durante o dia de amanhã no distrito de Setúbal e que "a situação meteorológica vai agravar-se a partir da madrugada de hoje e tendencialmente também no dia 12, 13 até 14".

"É expectável que entre os dias 11 e 14 a região Norte tenha um acumular de precipitação de até 220 mm", afirmou o responsável.

A possibilidade de inundações e cheias é particularmente grande na "bacia hidrográfica do Minho", sendo que existem "zonas historicamente sensíveis", como a região metropolitana de Lisboa e o Algarve.

Recorde-se que na capital decorrem ainda operações de reabilitação e reposição da normalidade na sequência das inundações de quarta-feira e, desse modo, André Fernandes pediu uma "adequação das medidas de autoproteção" por parte dos cidadãos, frisando que o pior período será "o da próxima madrugada e o dia de amanhã".

"Voltamos aqui a apelar à população que garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento", assim como que tenha "cuidado na circulação, em particular nas zonas ribeirinhas" e que não estacione os carros "em zonas que costumam inundar".

A ANEPC recomenda a adoção de uma condução defensiva, atenção à criação de lençóis de água nos pavimentos rodoviários, pede aos condutores que não tentem atravessar zonas que estejam inundadas ou alagadas e apela à população que não pratique "atividades ao ar livre, nomeadamente relacionadas com o mar, devido à agitação marítima que já se está a fazer sentir e vai fazer-se sentir pelo menos até dia 14".