A CRIAT – Arquitetura & Reabilitação Urbana, empresa que foi detida até 2021 pelo recém-empossado secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, e que foi vendida a uma empresa agrícola sediada em Braga, tinha um passivo financeiro de 966 781 euros e resultados negativos acumulados que ascendiam aos 156 mil euros.
De acordo com o relatório de contas da empresa, referente ao ano de 2021, a que o Nascer do SOL teve acesso, do total do passivo, as obrigações financeiras da CRIAT prendiam-se com despesas a fornecedores, adiantamentos de clientes, financiamentos obtidos e outras contas a pagar.
Já do total de prejuízos acumulados, cerca de 120 mil euros diziam respeito a anos transatos, e os restantes 36 mil euros eram referentes ao ano de 2021.
O Nascer do SOL tentou contactar Hugo Pires, mas não obteve qualquer resposta.
Tal como o nosso jornal noticiou a semana passada, o secretário de Estado do Ambiente vendeu em 2021 a CRIAT à Penedo do Frade, detida pelas irmãs Lucinda Isabel Guimarães Gomes Marques e Adelaide Sofia Guimarães Gomes Marques. Esta sociedade agrícola sediada em Braga cultivou vários hectares de vinha num aterro sanitário do grupo Semural, Waste & Energy SA, cuja atividade principal, é o tratamento de lixo e resíduos, incluindo a importação de lixo radioativo. As duas irmãs são também acionistas deste grupo empresarial que esteve ainda envolvido na polémica relativa ao aterro sanitário de Sobrado, em Valongo.