O Chega entregou esta quarta-feira um requerimento para que o presidente da Câmara de Lisboa (CML) seja convidado a prestar esclarecimentos no parlamento acerca dos investimentos no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Em declarações aos jornalistas no parlamento, André Ventura sublinhou que, apesar de o partido ser "particularmente entusiasta da vinda do Papa Francisco a Portugal", considera que "os custos que têm sido apresentados dos vários dos instrumentos e de outros no âmbito desta Jornada Mundial da Juventude bem como o atraso na execução dos prazos levantam questões legítimas quer aos católicos quer aos não católicos".
"Por entender que a câmara não quis responder satisfatoriamente estas questões, o Chega submeteu hoje um requerimento para ouvir como convidado o presidente da Câmara de Lisboa [Carlos Moedas], que se disponibilizou a dar todas as explicações, e para aqui no parlamento poder responder a três coisas exatamente", referiu.
O líder do Chega quer que Carlos Moedas esclareça o motivo de ter havido uma adjudicação direta à Mota Engil e porque é que se está "a falar de mais de quatro milhões de euros e que investimentos é que estão a ser feitos efetivamente".
"Que utilidade terão estas estruturas após o regresso a Roma do Papa Francisco", é outra das perguntas para a qual André Ventura gostava de obter resposta.
Segundo o deputado, "os portugueses não podem estar a fazer um enorme sacrifício financeiro e a suportar estes investimentos se não sentirem que eles têm nenhuma utilidade".
O presidente da CML disse esta quarta-feira que a construção do altar-palco para a JMJ ia ficar muito cara, depois de ter vindo a publico que o seu custo seria de 4,2 milhões de euros por ajuste direto.