Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, promulgou esta quarta-feira uma lei que agrava as penas por desobediência e deserção aplicadas aos militares, no âmbito na guerra, estando a medida a ser alvo de duras críticas.
Em causa estão a falta de obediência, ameaças às chefias militares, deserção, abandono do campo de batalha ou consumo de bebidas alcoólicas por parte dos militares das tropas ucranianas.
Os soldados que decidirem desertar arriscam uma pena de até 12 anos de prisão, os que desobedecerem aos superiores podem 'apanhar' dez anos e quem ameaçar um oficial arrisca a ficar sete anos preso. A nova legislação proíbe também a redução das penas a militares já condenados.
Os defensores dos direitos-humanos e várias organizações criticaram a medida, com uma petição a registar mais de 35 mil assinaturas.
"Em vez de agradecer aos militares que repeliram uma invasão russa de grande escala durante quase um ano e realizaram com êxito operações de libertação do território, recebemos penas de prisão por desacordos ou observações aos comandantes", acusam os peticionários.
A legislação foi apoiada pelo Chefe de Estado Maior ucraniano, Valery Zaloujny.