O Tribunal da Relação do Porto confirmou a absolvição de dois dirigentes do Corpo Nacional de Escutas (CNE), no caso do atropelamento mortal de uma escuteira de 10 anos, ocorrido em 2018, em São Jacinto, Aveiro.
Em outubro de 2022, o Tribunal de Estarreja já tinha absolvido os arguidos da prática de um crime de homicídio por negligência, mas os pais da criança recorreram para a Relação do Porto, que confirmou agora a decisão anterior da primeira instância.
Os juízes desembargadores consideram que "não resulta que a presença dos arguidos no momento da travessia fosse por si só impeditiva do resultado que lamentavelmente se veio a verificar", segundo a decisão, citada pela agência Lusa.
O caso remonta a 30 de julho de 2018, em São Jacinto, no concelho de Aveiro, quando a menina, do Agrupamento de Escuteiros 774 de Queijas, seguia a pé na Estrada Nacional 327 (EN327), paralela à ria de Aveiro, com mais três colegas escuteiros, quando foi colhida por um automóvel, tendo sido projetada para a ria.
A criança ainda foi estabilizada no local pelos bombeiros e foi transportada de helicóptero para o Hospital de Coimbra, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.