Se, por cá, os portugueses parecem querer aproveitar a Páscoa fora de casa, o mesmo acontece em relação às viagens internacionais. Os portugueses estão a viajar mais e vão continuar a fazê-lo esta Páscoa. Ao Nascer do SOL, Nuno Mateus, diretor da Solférias, sublinha que «as vendas para a Páscoa estão muito bem, a um ritmo muito, muito positivo».
O responsável lembra que 2022 não é comparável, uma vez que ainda teve um primeiro trimestre com algumas restrições, mas «comparando com 2019, a Páscoa está muito mais acelerada que em 2019». E não tem dúvidas: «Os portugueses estão a viajar mais. Se calhar até é um pouco difícil de se compreender mas está a viajar-se muito».
Se 2022, comparado com 2019, já foi o melhor ano de sempre mesmo ‘tendo menos meses’, 2023 avizinha-se ainda melhor. «Gosto de ser otimista mas também realista, muita coisa pode acontecer e muita coisa pode mudar mas o nível de vendas à data é muito elevado. Aliás, houve um primeiro grande momento que foi a BTL e correu, em termos de vendas, bateu qualquer outra feira anterior», defende Nuno Mateus.
O aumento das viagens poderá estar relacionado com as poupanças dos portugueses acumuladas durante a pandemia ou com outros fatores mas a verdade é que os portugueses estão a viajar e o operador turístico mostra-se satisfeito. «O ritmo é o que queremos, principalmente depois de dois anos para esquecer», diz.
No que diz respeito a destinos, os principais são Cabo Verde, Brasil e Tunísia, com destaque para Maceió ou Djerba. Mas também a Disneyland Paris. E depois há muitos destinos de longa distância. «As Maldivas continuam, o Dubai continua, há um conjunto de destinos que estão muito consagrados. Tailândia, Cuba. Há um pouco de tudo e ajuda o facto de a Emirates neste momento ter dois voos diários para Lisboa», diz, confessando que a oferta aumentou.
Este aumento das viagens já tinha sido avançado por Pedro Costa Ferreira. O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) revelara que as reservas para a Páscoa estão acima das expectativas, num crescimento «seguramente de dois dígitos», com mais oferta disponível e a preços mais altos.