O Presidente da República frisou, esta quarta-feira, que a ideia de alterar o plano de voo da TAP, em março, “foi desmentida pelo Chefe da Casa Civil à própria CEO da TAP no dia 11 de fevereiro”
Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à SIC Notícias, afirmou que “nunca lhe passaria pela cabeça mudar um voo de 200 pessoas” e, por isso, “foi encontrada uma alternativa, num outro voo regular da TAP, um dia antes”, com o Chefe de Estado a regressar a Lisboa.
Em causa está o pedido de Hugo Mendes, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, à CEO da TAP a mudar o voo do Presidente da República, que estava em Maputo, Moçambique, para regressar a Portugal, com Christine Ourmières-Widener a esclarecer, durante a comissão de inquérito, na terça-feira, que não cedeu e que o "Presidente encontrou outra solução".
Recorde-se que o tema foi abordado, ontem na audição da CEO da TAP, depois de teri sido trazido pela Iniciativa Liberal, Christine Ourmières-Widener adiantou que recebeu um e-mail do ex-secretário de Estado das Infraestruturas a pedir para que se alterasse o voo do Presidente da República, tendo a responsável questionado "se era um pedido que vinha diretamente da Presidência ou se era outra pessoa a pedir isso, sem confirmar que era algo que vinha diretamente da Presidência".
Em resposta ao email, Hugo Mendes explicou que o Governo não pode perder “o apoio político do Presidente da República”, e rematou: “Se o seu humor muda tudo está perdido. Uma frase sua contra a TAP, o Governo e o resto do país fica contra nós. Não estou a exagerar. É o nosso maior aliado, mas pode tornar-se no nosso pior pesadelo”.