O primeiro-ministro inaugurou, esta terça-feira, no Palacete de São Bento uma nova obra, que simboliza uma semente, da autoria do escultor Rui Chaves.
"Estamos num dia onde é necessário festejar os cravos de há 50 anos mas, sobretudo, lançar à terra novas sementes para os 50 anos que vêm a seguir", disse António Costa.
"49 anos volvidos sobre a revolução do 25 de abril, que muitos novos anos tenhamos de liberdade e democracia, e que essa liberdade e democracia continue a permitir que floresça a criatividade, a cultura, a inovação, porque esses são os condimentos fundamentais e os grandes fertilizantes do crescimento e do desenvolvimento do nosso país", continuou o primeiro-ministro deixando o seu habitual agradecimento aos militares de abril.
E recordou que nesta data se abre “a porta da residência oficial [do Primeiro-Ministro] para aqueles que são (…) os verdadeiros detentores do poder, que são os cidadãos. E são os cidadãos que determinam qual é o rumo do país, e que, como disse o hoje o nosso Presidente da República, escolhem o seu 25 de abril. E é assim que queremos manter viva e renovada a nossa democracia".
Após o breve discurso do líder do Governo, seguiram-se as perguntas dos jornalistas que sem surpresa abordaram o protesto do Chega à presença do Presidente brasileiro no Parlamento, antes da sessão solene do 25 de Abril.
António Costa sublinhou que o partido em causa não se sabe comportar" e que "não tem respeito pelas instituições".
"Relevante não é o que o Chega fez, mas o que todos os outros [partidos] fizeram", disse, acrescentando que "Chega foi o que o Chega é”.
No entanto, acredita que a sessão "não foi empobrecida pelo comportamento incivilizado do Chega". O gesto dos deputados do partido liderado por André Ventura "só ajudou os portugueses a perceber o que é o Chega", defendeu.