O número de mortes nos combates no Sudão subiu para 822 e já foram reportados pelo menos 3.200 civis feridos, informou o sindicato dos médicos local.
Este sindicato refere que "o número de mortos desde o início dos confrontos subiu para 822, com 3.215 feridos entre os civis" e acrescenta que "mais de 290 civis morreram nos dias 13 e 14 de maio", ou seja, no fim de semana passado, pode ler-se num comunicado citado pela agência espanhola de notícias.
A maior parte das mortes aconteceu após os confrontos na cidade de Geneina, a capital do Estado do Darfur ocidental. Aqui foram reportados 280 mortos e 169 feridos, representando os dias mais mortíferos desde o início dos confrontos.
Contudo, apesar deste elevado número de mortos, o sindicato afirma que "o número de mortos e feridos não inclui a totalidade, porque não se conseguiu contactar com alguns hospitais devido à dificuldade de movimentos e à situação de insegurança no país".
O violento conflito no Sudão coloca o exército do general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão, e o seu adjunto e opositor, o general Mohamed Hamdane Daglo, que comanda as forças paramilitares de apoio rápido.
Estes combates foram despoletados devido ao fracasso das negociações para a integração dos paramilitares nas forças armadas, no âmbito de um processo de transição política no Sudão.