Depois dos aplausos à chegada às cerimónias do Dia de Portugal, no Peso da Régua, o primeiro-ministro foi brindado com um protesto de professores, marcado por trocas de palavras acesas com António Costa e com a sua mulher, que não escondeu a irritação.
Após a cerimónia militar, o líder do Governo quis percorrer a pé o trajeto desde a avenida do Douro até ao local escolhido para o almoço. Ao longo do caminho foi sendo seguido por docentes que gritavam palavras de ordem e empunhavam cartazes, alguns dos quais com uma caricatura de António Costa com dois lápis nos olhos e um nariz de porco.
O primeiro-ministro ainda foi tentando conversar com alguns docentes ao longo do caminho, sublinhando que o protesto era “injusto” e que foi o seu Governo que "descongelou a carreira" dos professors, mas estava sempre a ser interrompido.
Já mais perto do restaurante, a mulher do primeiro-ministro, Fernanda Tadeu, não escondeu a irritação perante os gritos e os cartazes e, mais exaltada, envolveu-se numa troca de palavras com os manifestantes. António Costa pediu-lhe calma, mas também se mostrou indignado e respondeu com a palavra: “racistas”.
Confrontado pelos jornalistas sobre o protesto, Costa sublinhou que "é um direito de manifestação". "Com melhor gosto, com pior gosto, com estes cartazes um pouco racistas, mas pronto, é a vida", acrescentou.