O CDS-PP contesta as alterações às ordens profissionais que o Governo quer impor e sublinha que as novas regras foram decididas de “forma precipitada, em muitos casos sem audição prévia, retirando segurança ao exercício das profissões abrangidas”.
Para o partido, liderado por Nuno Melo, as alterações consistem numa “vontade de interferência política para condicionamento das respetivas autonomia e competências”.
Num comunicado, divulgado esta sexta-feira, o CDS acusa o Governo de António Costa de repetir em relação às Ordens dos médicos, dos dentistas, dos Engenheiros, dos Notários, dos Enfermeiros, dos Economistas, dos Arquitetos, dos Engenheiros, dos Farmacêuticos, dos Advogados, dos Revisores Oficiais de Contas e dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, “os mesmos erros e vícios” das propostas aprovadas em Conselho de Ministros no final de maio sobre outras profissões.
“Quando os problemas na Saúde se acumulam, com prejuízos para os utentes, é grave e preocupante o anúncio público de que médicos admitem avançar com demissões em massa no SNS, revoltados com alterações tão absurdas como as destinadas a concederem ao governo o poder de decidir questões relacionadas com a formação de clínicos ou vagas para estágios formativos nos hospitais”, lê-se no comunicado dos democratas-cristãos, que elenca vários exemplos das alterações às ordens e das possíveis consequências.
Para o CDS, trata-se do “maior ataque e até afronta a diferentes profissionais liberais, de que há memória em Portugal”.
A terminar, o partido sublinha que “não aceita a imposição de alterações feitas com suspeito e unilateral secretismo, para além de um inconfessado propósito de infiltração nas Ordens profissionais de representantes do governo, para controle partidário”.
“Esta vontade de interferência do PS é mais uma demonstração dos inconvenientes de uma maioria absoluta, confundida com poder absoluto”, defende o CDS.