A escola deve ser considerada a sede da cidadania

Esta nova escola terá 44 salas de aula, 4 laboratórios, pavilhão desportivo, biblioteca, sala polivalente, auditório, associação de estudantes, refeitório e espaços dedicados a pessoal 

Por Carlos Carreiras 

A ideia de uma educação pública universal é uma marca da civilização. Uma escola forte, sede do saber e da cidadania, é uma pré-condição para uma democracia vibrante, para uma sociedade coesa e para uma economia próspera que gere mais empregos e oportunidades para todos. 

Tenho como posição de princípio que em matéria de educação o importante é que todas as crianças e jovens tenham acesso a um ensino de qualidade. 

É urgente trabalhar para que a escola em Portugal garanta igualdade de oportunidades à partida e, sem deixar ninguém para trás, assegure que cada aluno tem todas as condições para atingir o seu potencial e concretizar os seus sonhos. É necessário usar das melhores estratégias para alcançar o objetivo de uma escola de qualidade que produza resultados para o maior número. 

Em Cascais, compreendemos bem a natureza e responsabilidade do serviço público. Não somos condescendentes com a erosão dos pilares do Estado Social. Não assistimos impávidos à cristalização social e à morte da mobilidade social ascensional. 

É com grande satisfação que começámos, neste mês, a obra de construção da nova Escola Secundária de Cascais, que deverá estar concluída em dezembro de 2025, num investimento de 25,8 milhões de euros por parte da autarquia. 

Esta obra tem uma primeira fase, que se destina à construção da maior parte dos edifícios da futura escola, à exceção do pavilhão desportivo e da intervenção na zona exterior, que avançará na segunda fase.

 

A divisão desta obra em duas fases tem por objetivo reduzir drasticamente os constrangimentos ao bom funcionamento da velha escola durante o tempo de construção da nova. 

Sendo esta uma obra reclamada há muito pela comunidade, pela necessidade de pôr fim a uma escola construída há mais de 50 anos que nasceu com o propósito de ser uma solução transitória – e que, portanto, teve um processo de degradação muito acentuado -, por variadas razões o poder central, a quem compete realizar estes investimentos, foi adiando a sua construção.

Acabou por ser mesmo o poder local a tomar nas suas mãos a edificação desta nova escola, que, além das condições excecionais que vai proporcionar aos 1300 alunos, docentes e não docentes, designadamente 44 salas de aula, 4 laboratórios, o pavilhão desportivo, biblioteca, sala polivalente, auditório, associação de estudantes, refeitório e espaços dedicados a pessoal não docente, inaugurará também um novo modelo de escola, numa arquitetura que potencia um diálogo permanente com a comunidade que o circunda.

 

A obra que agora arranca, cuja intervenção terá lugar na Avenida Pedro Álvares Cabral, Bairro do Rosário, foi concebida para que todo o seu desenvolvimento cause o mínimo de inconvenientes no quotidiano da comunidade educativa, mas também da população local. No entanto, com a montagem do estaleiro e a chegada de máquinas é provável que surjam, temporariamente, alguns constrangimentos no trânsito, que tentaremos reduzir o mais possível no espaço e no tempo.

 

Porque aqui, no nosso território, ontem como hoje, acreditamos que uma educação de excelência é o caminho mais curto para um território tolerante, próspero, livre e humanista. Onde cada um é livre de seguir o seu próprio destino, não deixando ninguém para trás.

Mãos à obra, porque já perdemos demasiado tempo e desperdiçámos talento e conhecimento. Vamos cumprir um desígnio nacional.