A reunião de terça-feira da bancada social-democrata, que decorreu à porta fechada e foi convocada com caráter de urgência por vários deputados do consulado de Rui Rio, foi atribulada. Segundo relatos que chegaram ao Nascer do SOL, a ala dos desalinhados da direção deixou fortes críticas à posição da direção de Luís Montenegro sobre as buscas à casa de Rui Rio e de diversas sedes do partido.
Uma das vozes que se fez ouvir foi a de Adão Silva, ex-líder parlamentar e atual vice-presidente do Parlamento, que acusou a direção do partido de desvalorizar a situação, considerando que Rui Rio ‘foi objeto de linchamento, numa espécie de auto de fé moderno’, exigindo ‘solidariedade’ do partido para com o ex-líder do partido.
No mesmo sentido, Paulo Mota Pinto defendeu que o PSD deve avançar com um pedido de audição à Procuradora Geral da República, Lucília Gago, caso o Ministério Público (MP) não dê explicações sobre a base e o modo em que decorreram as buscas. A mesma sugestão também foi feita pelo deputado Maló de Abreu.