Por Felícia Cabrita e Nelma Tavares
A operação Picoas tem novos arguidos na calha, entre eles constam o Fiscalista Luís Esteves e o Revisor Oficial de Contas (ROC), António Fernandes.
O Ministério Público considera que estes dois elementos foram os homens de mão de Hernâni Vaz Antunes, responsáveis pelo esquema de branqueamento e fraude fiscal que lesaram os cofres do Estado num montante de 110 milhões de euros.
Eles foram o cérebro dum circuito financeiro que fazia circular os lucros ilícitos obtidos com a Altice entre três eixos fundamentais: Zona Franca da Madeira, Dubai e Luxemburgo. Para isso contavam com a ajuda pontual de dois advogados de Braga, constituídos arguidos durante as buscas lançadas a 13 de julho, Ricardo Sobral e Duarte Monteiro.
Em causa está a suspeita do diretor executivo da Altice, Armando Pereira, ter desviado 250 milhões de euros do grupo em conluio com o empresário de Braga, Hernâni Vaz Antunes. Ambos são suspeitos de crimes de corrupção particular, burla, fraude fiscal agravada e infidelidade.
Nesta altura a lista de arguidos são Armando Pereira, Hernâni Vaz e uma das filhas, Jéssica Antunes, Álvaro Gil Loureiro, Luís Esteves, António Fernandes, Ricardo Sobral e Duarte Monteiro.