O CDS-PP defende que “não pode aceitar a ‘nova normalidade’” que o PS “quer impor na Educação em Portugal”.
O líder do partido, Nuno Melo, ataca a forma como o Governo de António Costa tem lidado com os sucessivos problemas na Educação, desde às poucas vagas nas creches, à falta de professores e à valorização da carreira do docente.
Nuno Melo critica as “promessas de criação de lugares” nas creches, que “começam a ser uma constante em cada ano letivo”, mas que nunca acabam concretizadas.
“Porque não contratualiza o Estado com os privados a resolução desta dramática situação, para quem a vive por dentro?”, questiona num comunicado do partido.
Para Nuno Melo, desta “nova normalidade” não pode fazer parte “a falta de professores nas escolas do Ensino Básico e Secundário”, e lembra que não é apenas no arranque do ano letivo.
“Como é possível que o ministro da Educação afirme que não se podem fazer extrapolações, relativamente ao número de docentes em falta e o número de alunos que são afetados, dado que é variável o número de turmas que esses docentes tenham no seu horário e consequentemente o número de alunos afetados”, critica.
“Mesmo que esses professores apenas tivessem uma turma, caso fossem todos do 1.º Ciclo, o que obviamente não se passa, já teríamos dezenas de milhares de alunos sem aulas”, acrescenta o centrista.
Nuno Melo defende que João Costa deveria estar muito mais atento à carreira dos professores, pois na estrutura atual “não retém os docentes na carreira e não motiva o ingresso dos mais novos na profissão.”
Por último, Nuno Melo é perentório ao dizer que “o CDS não pode aceitar esta “nova normalidade” do Governo do Partido Socialista, “que pela ausência de reestruturação da carreira docente, apresenta aos seus professores uma carreira que só existe no papel, pois não podem percorrer os escalões existentes”.
“É preciso que a Carreira Docente seja atrativa para fixar nela os melhores. Nenhuma nação pode ter desenvolvimento sustentável, aumentando consequentemente a sua competitividade sem que eleja a Educação como mola impulsionadora do seu desenvolvimento”, conclui.