Albuquerque diz que não se demite porque tem condições para apresentar “governo com maioria absoluta”

Miguel Albuquerque não revela que apoio terá, mas exclui Chega de qualquer coligação.

O cabeça de lista da coligação PSD/CDS, Miguel Albuquerque, começou por dizer, em reação ao resultado das eleições regionais que lhe deu a vitória -mas não a maioria absoluta -, que vai apresentar, nos próximos dias, uma coligação parlamentar que assegurará um governo de maioria, “estável”, na Madeira.

Confrontado pelos jornalistas acerca da promessa de se demitir caso não conseguisse reconquistar a maioria absoluta, que o PSD perdeu em 2019, Miguel Albuquerque tentou explicar que esse compromisso só seria cumprido se não conseguisse “formar maioria”, mas isso, diz o social-democrata, está assegurado.

“Manterei a minha palavra de me demitir caso não consiga assegurar um governo de maioria na Madeira”, disse.

No entanto, Miguel Albuquerque não revelou que apoio teria para conseguir essa maioria parlamentar, mas fez questão de excluir o Chega, que se estreia na Assembleia Regional da Madeira com quatro deputados. Sublinhe-se que momentos antes, também o líder nacional do PSD tinha afastado qualquer acordo com o partido de André Ventura.

“Essa coligação tem de assentar em princípios firmes que não podem ser diluídos nem postos em causa a qualquer momento, sendo que dessa coligação está excluído o Chega”, esclareceu.

“Quem perdeu as eleições foi o PS”, sublinhou o cabeça de lista da coligação PSD-CDS-PP. “Acho extraordinário, para não dizer anedótico, que o líder o PS regional venha exigir a minha demissão”, acrescentou, salientando que “43,13% é superior aos 41% que permitia o atual primeiro-ministro de governar em maioria absoluta”.