Deputado do PS leva, ao Conselho da Europa, ataque da “extrema-direita” a Santos Silva

Paulo Pisco defendeu ainda que “combater a ideologia de extrema-direita é um dever moral de todos os democratas, se quisermos evitar a degradação das nossas democracias”.

O deputado do Partido Socialista (PS), Paulo Pisco, afirmou esta terça-feira, no Conselho da Europa, que a extrema-direita portuguesa procura colocar em causa a autoridade do presidente da Assembleia da República e de protagonizar ações de provocação junto de manifestações de esquerda.

“As nossas sociedades estão mais polarizadas do que nunca, porque as plataformas digitais amplificam a raiva, a revolta e a ansiedade que são alimentadas pelos movimentos e partidos de extrema-direita, num fluxo circular de energias destrutivas, atingindo seriamente a capacidade de diálogo político e de cooperação” explicou o deputado socialista alertando para a influência dos partidos e movimentos de extrema-direita nas redes sociais.

Paulo Pisco defendeu que, em Portugal, “a extrema-direita diz que quer fundar uma nova República e rejeita a autoridade do presidente do parlamento”, Augusto Santos Silva e “os seus militantes fazem cercos a partidos políticos. Os seus deputados fazem ações provocatórias em manifestações organizadas por partidos de esquerda e, como afirmou o Tribunal Constitucional, os seus estatutos internos são antidemocráticos”, sublinhou.

O deputado do PS apelou ainda aos Estados-membros do Conselho da Europa para “erguerem a voz para defender a tolerância, sociedades inclusivas e pluralistas”, advogando ainda que “combater a ideologia de extrema-direita é um dever moral de todos os democratas, se quisermos evitar a degradação das nossas democracias”.