A França mobilizou, até segunda-feira, até 7.000 soldados da operação Sentinelle em todo o país. A mobilização, revelada este sábado, vem na sequência da morte de um professor, na sexta-feira, numa escola secundária de Arras (norte), num ataque isamlita.
A informação, confirmada pela presidência francesa, surge pouco depois de a primeira-ministra, Élisabeth Borne, ter elevado o alerta antiterrorista Vigipirate ao mais alto nível devido ao ataque em Arras, que deixou outras três pessoas feridas.
A operação Sentinelle foi lançada em 2015 depois da vaga de atentados ‘jihadistas’ que atingiu o país nesse ano (atentados do Bataclan e Charlie Hebdo). Este sistema, ativo desde então, conta com 10.000 efetivos, dos quais 3.000 na reserva, e é mobilizado em função dos alertas terroristas.
Desde 2012, os atentados terroristas ‘jihadistas’ em França mataram 272 pessoas e feriram 1.200.
O autor do ataque de sexta-feira é um russo-checheno de 20 anos que foi detido durante o atentado e está a ser interrogado pelas autoridades. O criminoso estava a ser seguido pelos serviços secretos franceses pelas suas afinidades “jihadistas” e foi mesmo interrogado pela polícia na véspera do atentado. Foi libertado de seguida por falta de indício de perigo.
A extrema-direita pediu a demissão do ministro do Interior, Gérald Darmanin, por ter subestimado o perigo. Darmanin disse na sexta-feira no canal TF1 que “há certamente uma ligação entre o que aconteceu e o Médio Oriente”, em referência à situação de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.