Israel e o estranho ódio de uma certa esquerda

Centremo-nos no essencial, o que seria a vida das nossas filhas, netas e mulheres, o que seria da cada vez mais escassa liberdade que ainda temos nesse modelo defendido pela esquerda e pelos liberais progressistas?

“No dia em que os muçulmanos, nos sítios em que são maioritários, respeitarem os outros e o seu modo de vida, terão o meu respeito”. J.P.

Por estes dias em Lisboa no Terreiro do Paço uns rapazes vestidos com umas ligas e umas saias de nome “fado bicha” cantavam agitando umas bandeiras da Palestina. O PSD e o CDS validaram este evento relativista. Estes jovens deviam ser alertados que em Gaza não duravam 30 minutos….

O tema do momento tem especificidades politica, religiosas e até existenciais que escapam a um ocidental, mas podemos centrar-nos no essencial. Está em causa um confronto entre dois modos incompatíveis de ser e estar. Um outro aspecto que devemos questionar é a expressão perturbadora do ódio de uma parte do Ocidente a si mesmo e a entrega a uma autoflagelação permanente.

Os média liberais socialistas divulgam por estes dias a propaganda de um grupo terrorista e de teocracias fundamentalistas sem submeterem essa informação a um crivo critico. A esquerda com os seus disfarces de ONG`S e activismos estão nas ruas a gritar por um modelo de vida que inferioriza as mulheres, persegue, prende e espanca homossexuais, tortura dissidentes, proíbe a liberdade de expressão e pensamento e até o laicismo. Conseguiriam os mentores desses média e os esquerdistas pensar por alguns minutos o que seria a sua vida em Doha, Riade, Gaza ou Teerão? O que seria a vida de uma feminista radical ou de um colectivo queer ou de um jornalista livre? De que sofrem estes ocidentais? Qual a raiz do seu ódio a nós próprios? Qual o conteúdo do seu sado-masoquismo mental? É paradoxal a defesa do Islamismo radical por uma certa esquerda sofisticada, como foi o caso de Foucault, e que tem influência na abordagem geral do Ocidente em relação ao Médio Oriente.

Centremo-nos no essencial, o que seria a vida das nossas filhas, netas e mulheres, o que seria da cada vez mais escassa liberdade que ainda temos nesse modelo defendido pela esquerda e pelos liberais progressistas? Estamos perante dois modos de estar completamente antagónicos, não há ses, nem mas, e o relativismo absoluto é uma linha vermelha.

Para qualquer mente infectada pela má fé convém refirmar que um palestiniano não vale mais nem menos que um israelita, algo que é elementar, mas regimes fundamentalistas islâmicos, terroristas, ditatoriais, são indefensáveis e totalmente incompatíveis com qualquer visão mínima de democracia, liberdade, dignidade e decência…

Não há guerras com zero danos colaterais. Sim, é horrível, mas a única coisa que se consegue é minorar, outra coisa é a prática gratuita do mal, a barbárie, o horror puro como o fizeram os nazis e estas versão do islamismo com o qual o Ocidente negoceia. Ora, o mal é inaceitável, não tem qualquer defesa, nem justificação, nem contexto.

A União Europeia entretanto, sem nossa autorização, é isso hoje o europeísmo, vai enviar mais 75 mil milhões de euros para Gaza….Sabemos que os biliões que têm caído em Gaza para que mãos vão, quem os administra e gere. Estes políticos ocidentais de hoje têm a sobranceria de deitar dinheiro para cima dos problemas, de comprar com dinheiro a paz e financiar o que odeia o nosso modo de vida.

Gaza com os milhões que recebeu desde 2006 podia ser uma espécie de Qatar, mas também por responsabilidade própria não passa de um dos maiores e mais degradados bairros sociais do mundo.