Na semana em que o mundo quase incendiou com o ataque ao Hospital Al-Ahli em Gaza, António Guterres, Xi Jinping e Vladimir Putin juntaram-se em Pequim. O motivo foi o Fórum das Novas Rotas da Seda, que juntou na capital chinesa 130 líderes mundiais, entre os quais o Presidente russo, que se deslocou à China apesar do mandado de captura internacional que impende sobre si.
Indiferente e, aparentemente, distante da situação tensa que se vive no Médio Oriente, Xi Jinping fez questão de mostrar a capacidade e influência da China para pôr em marcha o seu plano para dinamizar novas relações comerciais no mundo.
Enquanto os Estados Unidos se desdobravam em contactos para tentar evitar o pior no desenrolar do conflito entre Israel e o Hamas, Xi e Putin aproveitaram o encontro de Pequim para mostrar a «excelente fase» da relação entre os dois.
Quem também esteve presente foi o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que reagiu a partir da China ao agravamento da situação no Médio Oriente. Esperava-se que tivesse aproveitado a ocasião para um encontro com Putin, mas a resposta do seu gabinete foi clara: «There was no meeting» (‘Não houve encontro’).