Portugal “compreende e acompanha” a posição do secretário-geral da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hamas, na sequência da polémica gerada pelas declarações de António Guterres , na terça-feira.
“Compreendemos e acompanhamos inteiramente a posição de António Guterres, que foi inequívoco quando condenou o terrorismo do Hamas, que é absolutamente inaceitável. Foi absolutamente cristalino na análise que fez”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, em declarações à agência Lusa.
João Gomes Cravinho disse ainda que “não há forma nenhuma de dizer que António Guterres está de alguma maneira a desculpabilizar o terrorismo”, isso seria “um erro absoluto que não se pode deixar passar em branco”.
Como retaliação às declarações de António Guterres, o governo de Israel terá recusado o visto a um funcionário das Nações Unidas, o objetivo é “ensinar-lhes uma lição”.
Recorde-se que o secretário-geral da ONU disse ontem que os ataques do Hamas “não aconteceram do nada” e que o povo palestiniano foi sujeito a “foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante”.
“Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer”, disse ainda Guterres.