O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira manter inalterada, nos 4,5%, a taxa de referência, ao cabo de dez agravamentos sucessivos. A principal taxa mantém-se assim nos 4,5 por cento, numa altura em que a inflação está a abrandar e a economia à beira de recessão. Ainda assim, há dúvidas em relação aos próximos meses, devido ao conflito no Médio Oriente.
A inflação na Zona Euro “desceu consideravelmente em setembro”, mas espera-se que “permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo”, referiu o BCE em comunicado divulgado após uma reunião de política monetária.
Segundo o comunicado, “os anteriores aumentos das taxas de juro decididos pelo Conselho do BCE continuam a ser transmitidos de forma vigorosa às condições de financiamento. Tal está cada vez mais a atenuar a procura, ajudando, desse modo, a reduzir a inflação”.
Com base na sua atual avaliação, “o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras estão em níveis que, se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial” para assegurar que a inflação vai regressar ao objetivo de dois por cento.
O BCE indicou também que vai continuar a reduzir a carteira do programa de compra de ativos APP a “um ritmo comedido e previsível”.
“No que respeita ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (pandemic emergency purchase programme – PEPP), o Conselho do BCE tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no contexto do programa até, pelo menos, ao final de 2024”, pode ler-se no comunicado